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 Disco de inéditas de Jards Macalé após 20 anos tem “dedo” jundiaiense
13 de março de 2019

Disco de inéditas de Jards Macalé após 20 anos tem “dedo” jundiaiense

Uma das faixas de “Besta Fera” tem por base poema de Ezra Pound com tradução de Décio Pignatari e os irmãos Campos

Aos 75 anos, Jards Macalé lança novo disco. E é instigante e provocador como sempre. A novidade que circula desde a última sexta-feira (8) pelas plataformas digitais, o álbum “Besta Fera”, da Natura Musical, é especial por ser o primeiro de inéditas em 20 anos. Para nós tem algo a mais ainda: um dedo jundiaiense, o de Décio Pignatari, morto em 2012.

Nascido aqui em 1927, Pignatari foi poeta, crítico literário e tradutor. Ao lado dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos fez história como fundador do concretismo no Brasil. Esse mesmo trio aparece agora no disco de Jards na faixa “Trevas” (ouça), na qual o baiano vale-se do poeta Ezra Pound, adaptando seu “Canto I” em tradução dos irmãos Campos e de Pignatari.

“Trevas, trevas / Treva a mais negra sobre homens tristes / Trevas, trevas / Treva a mais negra sobre homens tristes”

Ao longo de mais de meio século de atuação no meio cultural do país, Décio Pignatari explorou nos seus trabalhos não apenas a dimensão semântica, mas também sonora e principalmente visual da linguagem. Nome-chave da poesia visual no Brasil, ficou conhecido por sua inquietude criativa, sendo também autor de peças de teatro, contos e um romance, sempre com alto grau de experimentação, além de uma série de textos de referência nas áreas da semiótica e da teoria da comunicação.

 

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