Uma viagem aos “Jardins da Arara de Lear” sem sair de Jundiaí

Edu Cerioni

Mais de dois mil quilômetros separam Jundiaí do sertão baiano, mas um pouco dele pulsa mais forte aqui desde a noite de quinta-feira (7), quando do lançamento do livro “Jardins da Arara de Lear”.

Pelo menos 60 pessoas conheceram mais sobre uma ave e se emocionaram com a luta do sertanejo para ajudar na sobrevivência dessa espécie ainda ameaçada de extinção, mesmo contando com cerca de 1.300 exemplares.

Foi uma noite recheada de incríveis fotografias de João Marcos Rosa e histórias fantásticas contadas por Gustavo Nolasco no auditório da Coopercica da Vila Ruo Branco. A dupla responde pelo livro e avisou que em 2018 vai lançar um documentário para o cinema. Mais gente merece conhecer a arara-de-lear e entrar para seu grupo de defensores.Esse pássaro pode ser considerado o maior mistério da ornitologia mundial. Desde que a espécie foi vista em cativeiro e em um desenho feito em 1830, na Inglaterra, pelo então ilustrador Edward Lear, foram 150 anos de espera até que ela fosse vista no Sertão da Bahia, bem próximo a Canudos. Isso em 1978, pelo naturalista alemão Helmut Sick, um dos muitos que se aventuraram em expedições Brasil afora atrás do tal pássaro misterioso – na época, contou-se apenas 41 exemplares.“Jardins da Arara de Lear” é documento histórico e vai além, mostrando também o sertanejo que luta pela preservação dessa espécie tão bela, como fica evidente nas dezenas de fotos do livro à venda por R$ 90,00.

Quem ouviu muitas brincadeiras na noite foi José Apparecido Longo, diretor administrativo-financeiro da Coopercica, que tem o apelido de Passarinho (na foto mais ao alto). Veja outras fotos do lançamento:   Fotos: Edu Cerioni