Marco Antonio tem obras em dezenas de países. Morador da Vila Scavone é o que se pode chamar de polivalente

 Edu Cerioni

Uma vilinha que parece ter parado no tempo, a Vila Scavone, guarda alguns tesouros das artes visuais de Jundiaí. São obras de Marco Antonio Scarelli, de 57 anos, artista que a gente pode chamar de polivalente: faz pinturas, desenhos, instalações, esculturas, fotografias… A criatividade o faz viajar longe e leva seu trabalho mundo afora. Já ouviu falar em gravação com ferrugem sobre tela? O Scarelli é mestre.

Embora confesse ser limitado no computador, é graças à internet que abriu novos mercados. Hoje tem obras em acervos públicos nos Estados Unidos, na China, na Alemanha e em Portugal, entre tantos outros. “Até na Ilha de Java cheguei”, conta o artista que não sabe dizer quantos quadros foram parar nas mãos de colecionadores particulares nessas últimas décadas.

São muitos os apreciadores de sua arte definida por críticos como pós-contemporânea e surrealista. Ele conta que escolhe um tema e começa a trabalhar, daí pode ser uma pintura, um desenho ou tudo ao mesmo tempo. “Uma coisa puxa a outra”, fala.

Formado em Arquitetura na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Scarelli faz arte profissionalmente desde os 20 anos. Mas lembra que ainda criança, na escola Siqueira de Moraes e depois na Antenor Soares Gandra já se destaca na educação artística.