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Jundiaqui

23 de dezembro de 2017

A tradição da magia natalina de dona Ignezinha

José Arnaldo de Oliveira conta sobre o presépio dessa grande foliã do Carnaval 

José Arnaldo de Oliveira

Uma das pessoas queridas do nosso Centro Histórico, a moradora Maria Ignez de Oliveira Lemi preserva há 60 anos a tradição de um presépio que toma praticamente metade da sala de sua casa. “É uma alegria refazer isso a cada ano”, explica.

Mais conhecida como Ignezinha do Pandeiro, ela também é muito requisitada nas rodas de música da cidade, em especial pelo povo do Carnaval, tendo o título de rainha honorária do Bloco da Ponte Torta.

No começo, ainda na rua Bernardino de Campos onde morava perto da lanchonete Mirim Dog, a sala era aberta para qualquer visitante da região. Com o tempo, entretanto, o crescimento da cidade exigiu cuidados – mas as visitas continuam pelos muitos amigos e conhecidos.

Algumas grutas com imitação de pedras, paisagens rurais e os personagens tradicionais fazem parte do presépio.

 

Ela faz questão de lembrar que um soquete da lâmpada atrás da manjedoura foi adaptado por um amigo do marido Odilon, ainda nos tempos ferroviários da Companhia Paulista.

“No começo não havia lâmpadas pisca-pisca prontas. Eram preparadas artesanalmente, mas quando uma queimava todas as outras paravam de funcionar”, lembra.

O tempo também acrescentou detalhes. Uma árvore com olhos e boca canta uma canção natalina em inglês. Alguns pássaros que fazem parte do cenário começam de repente a fazer pios e chilreios. Um texto na parede ao lado do presépio lembra que essa tradição foi criada por São Francisco de Assis, no século 13.

Em muitos anos, a época do presépio de Ignezinha também recebe a visita de padres da Catedral Nossa Senhora do Desterro que é bem próxima e abriga também um belíssimo presépio. Somado com a exposição de diversidade e criatividade do Solar do Barão, formam uma área central muito viva no Natal.

“Havia mais gente, alguns moradores, que também montavam. Agora diminuiu um pouco e até as fachadas iluminadas de casas e lojas rarearam. Mas é uma data importantíssima para todos”, afirma, desejando um Feliz Natal.

Fotos: Edu Cerioni

Odilon, dona Ignezinha e Edu Ceroni em foto de José Arnaldo de Oliveira

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