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 Curta de jundiaienses entre os 100 melhores do Brasil em todos os tempos
25 de maio de 2019

Curta de jundiaienses entre os 100 melhores do Brasil em todos os tempos

“Dov’è Meneghetti?”, de 1989, tem direção e roteiro de Beto Brant, Toni Lopes como ator e Carla Candiotto de assistente

Edu Cerioni

“Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, acaba de ser eleito o melhor curta-metragem já feito no Brasil. Ele lidera o ranking da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e que servirá de base para o livro “Curta Brasileiro – 100 Filmes Essenciais”. Entre os melhores, na posição de numero 77, figura “Dov’è Meneghetti?”, com a participação de três jundiaienses. São eles: Beto Brant (foto abaixo), diretor e roteirista, o ator Toni Lopes e a assistente de produção Carla Candiotto.

O filme “Dov’è Meneghetti?” – algo como cadê você Meneghetti? – é uma comédia deliciosa de cerca de 11 minutos. Foi feito em 1989 e mistura o português com um carregado sotaque italiano, com cenas de perseguição em telhados, quedas, tiros, bate-bocas em alto som e um olhar gostoso sobre a São Paulo dos anos 1920.

Toni Lopes é um delegado que tenta prender o maior ladrão de joias, Gino Amleto Meneghetti, que se notabilizou pela agilidade com que saltava os telhados durante as fugas. Gino era um italiano irreverente, sedutor e que debochava da polícia paulistana. (Uma curiosidade: também no elenco aparece Rosi Campos, que fez o longa filmado em Jundiaí “Eu Te Levo”, de 2015, do diretor Marcelo Muller).

O curta dos jundiaienses fez bonito quando de seu lançamento em 1989, colecionando muitos prêmios. Ganhou de Melhor Ator no Festival de Gramado com Luiz Ramalho. E no Festival Rio BR foi a sensação vencendo Melhor Diretor para Beto Brant,  Melhor Filme – Crítica, Melhor Filme – Júri Popular, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora. Em 1990 ganhou ainda como Melhor Filme no Festival de Curitiba. Clique aqui e assista!

Roberto Garcia Brant de Carvalho, o Beto, nasceu em Jundiaí em 1964 e é cineasta, roteirista e produtor. Fez faculdade de cinema na Faap, formando-se em 1987. Já no ano seguinte recebeu o Prêmio Estímulo à Produção de Curtas-Metragens da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, colecionando desde então grandes trabalhos para o cinema e a publicidade.

Tem um documentário chamado “Pitanga” e sete filmes: “Os Matadores” (1997), “Ação Entre Amigos” (1998), “O Invasor” (2002), “Crime Delicado” (2005), “Cão Sem Dono” (2006), “O Amor Segundo B. Schianberg” (2009) e “Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios” (2011). Tem prêmios em Nova York, Veneza, Berlin e outros tantos também nacionais.

Toni Lopes (Antônio Lopes de Oliveira Neto) morreu cedo, aos 50 anos – nasceu em 1953 e faleceu em 2003. O ator jundiaiense ficou famoso na TV nos anos 80, como o garoto-propaganda gordinho, careca e barbudo do Banco Bamerindus. Também fez comercial para a Bom Bril.

Carla Candiotto direcionou seu trabalho mais ao teatro bos últimos anos é soma nada menos do que 6 Prêmios APCA e 8 Prêmios São Paulo de Teatro Infantil e Jovem, entre outros. Ela desenvolve sua carreira tanto em trabalhos na Cia. Le Plat du Jour bem como em produções de outros grupos de teatro. Atriz e diretora desde os 22 anos, atua também como autora e produtora teatral.

Aqui, a lista completa com os 100 melhores curtas-metragens eleitos pela Abraccine:

1- Ilha das flores (1989), de Jorge Furtado
2- Di (1977), de Glauber Rocha
3- Blábláblá (1968), de Andrea Tonacci
4 – A velha a fiar (1964), de Humberto Mauro
5 – Couro de gato (1962), de Joaquim Pedro de Andrade
6 – Aruanda (1960), de Linduarte Noronha
7 – SuperOutro (1989), de Edgard Navarro
8 – Maioria absoluta (1964), de Leon Hirszman
9 – A entrevista (1966), de Helena Solberg
10 – Arraial do Cabo (1959), de Paulo Cezar Saraceni e Mário Carneiro
11 – Alma no olho (1973), de Zózimo Bulbul
12 – Viramundo (1965), de Geraldo Sarno
13 – Vinil verde (2004), de Kleber Mendonça Filho
14 – Documentário (1966), de Rogério Sganzerla
15 – Vereda tropical (1977), de Joaquim Pedro de Andrade
16 – Recife frio (2009), de Kleber Mendonça Filho
17 – Nelson Cavaquinho (1969), de Leon Hirszman
18 – Zezero (1974), de Ozualdo Candeias
19 – Sangue corsário (1980), de Carlos Reichenbach
20 – O dia em que Dorival encarou a guarda (1986), de Jorge Furtado e José Pedro Goulart
21 – O poeta do castelo (1959), de Joaquim Pedro de Andrade
22 – Brasília, contradições de uma cidade nova (1967), de Joaquim Pedro de Andrade
23 – Maranhão 66 (1966), de Glauber Rocha
24 – O som ou tratado de harmonia (1984), de Arthur Omar
25 – Subterrâneos do futebol (1965), de Maurice Capovilla
26 – Mato eles? (1983), de Sérgio Bianchi
27 – Guaxuma (2018), de Nara Normande
28 – Meow! (1981), de Marcos Magalhães
29 – Eletrodoméstica (2005), de Kleber Mendonça Filho
30 – O rei do cagaço (1977), de Edgard Navarro
31 – Fantasmas (2010), de André Novais Oliveira
32 – Socorro Nobre (1995), de Walter Salles
33 – À meia noite com Glauber (1997), de Ivan Cardoso
34 – Dias de greve (2009), de Adirley Queirós
35 – A pedra da riqueza (1975), de Vladimir Carvalho
36 – Memória do cangaço (1965), de Paulo Gil Soares
37 – O duplo (2012), de Juliana Rojas
38 – Quintal (2015), de André Novais Oliveira
39 – Fala Brasília (1966), de Nelson Pereira dos Santos
40 – O porto de Santos (1978), de Aloysio Raulino
41 – Horror Palace Hotel (1978), de Jairo Ferreira
42 – Esta rua tão Augusta (1968), de Carlos Reichenbach
43 – Muro (2008), de Tião
44 – Manhã cinzenta (1969), de Olney São Paulo
45 – O tigre e a gazela (1977), de Aloysio Raulino
46 – Cinema inocente (1980), de Julio Bressane
47 – …a rua chamada Triumpho 969/70 (1971), de Ozualdo Candeias
48 – Carro de bois (1974), de Humberto Mauro
49 – Olho por olho (1966), de Andrea Tonacci
50 – Praça Walt Disney (2011), de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira
51 – Chapeleiros (1983), de Adrian Cooper
52 – Juvenília (1994), de Paulo Sacramento
53 – Os óculos do vovô (1913), de Francisco Santos
54 – Dossiê Rê Bordosa (2008), de Cesar Cabral
55 – Lampião, o rei do cangaço (1937), de Benjamin Abrahão
56 – Animando (1983), de Marcos Magalhães
57 – Jardim Nova Bahia (1971), de Aloysio Raulino
58 – Partido alto (1982), de Leon Hirszman
59 – Torre (2017), de Nádia Mangolini
60 – Mauro, Humberto (1975), de David Neves
61 – Ver ouvir (1966), de Antônio Carlos Fontoura
62 – Congo (1972), de Arthur Omar
63 – Caramujo-flor (1988), de Joel Pizzini
64 – Lacrimosa (1970), de Aloysio Raulino e Luna Alkalay
65 – Palíndromo (2001), de Philippe Barcinski
66 – Um sol alaranjado (2002), de Eduardo Valente
67 – Cantos de trabalho (1955), de Humberto Mauro
68 – O guru e os guris (1973), de Jairo Ferreira
69 – Nosferato no Brasil (1970), de Ivan Cardoso
70 – Mulheres de cinema (1976), de Ana Maria Magalhães
71 – Kbela (2015), de Yasmin Thayná
72 – A voz e o vazio: a vez de Vassourinha (1998), de Carlos Adriano
73 – Libertários (1976), de Lauro Escorel
74 – Meu compadre Zé Ketti (2001), de Nelson Pereira dos Santos
75 – Seams (1993), de Karim Aïnouz
76 – Céu sobre água (1978), de José Agrippino de Paula
77 – Dov’è Meneghetti? (1989), de Beto Brant
78 – Teremos infância (1974), de Aloysio Raulino
79 – Texas Hotel (1999), de Cláudio Assis
80 – Rituais e festas Bororo (1917), de Major Thomaz Reis
81 – Integração racial (1964), de Paulo Cezar Saraceni
82 – HO (1979), de Ivan Cardoso
83 – Kyrie ou o início do caos (1998), de Debora Waldman
84 – Pouco mais de um mês (2013), de André Novais Oliveira
85 – Cartão vermelho (1994), de Laís Bodanzky
86 – Um dia na rampa (1960), de Luiz Paulino dos Santos
87 – Moreira da Silva (1973), de Ivan Cardoso
88 – Nada (2017), de Gabriel Martins
89 – Nada levarei quando morrer aqueles que mim deve cobrarei no inferno (1981), de Miguel Rio Branco
90 – O ataque das araras (1975), de Jairo Ferreira
91 – Enigma de um dia (1996), de Joel Pizzini
92 – Amor! (1994), de José Roberto Torero
93 – Menino da calça branca (1961), de Sérgio Ricardo
94 – Estado itinerante (2016), de Ana Carolina Soares
95 – Amor só de mãe (2002), de Dennison Ramalho
96 – Carolina (2003), de Jeferson De
97 – Contestação (1969), de João Silvério Trevisan
98 – Guida (2014), de Rosana Urbes
99 – Exemplo regenerador (1919), de José Medina
100 – Frankstein punk (1986), de Cao Hamburger e Eliana Fonseca.

Nos agradecimentos, Beto cita o pai José Roberto Brant de Carvalho (foto abaixo).

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