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Jundiaqui

 Gilberto de Carvalho é Jundiaí em “Democracia em Vertigem”
13 de janeiro de 2020

Gilberto de Carvalho é Jundiaí em “Democracia em Vertigem”

Petista morou aqui nos anos 90 e aparece no documentário indicado ao Oscar 2020

Gilberto Carvalho, ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que viveu em Jundiaí, faz uma interessante análise sobre o PT em “Democracia em Vertigem”, da diretora Petra Costa e feito para a Netflix que traz uma real chance de o Brasil ganhar pela primeira vez um Oscar.

Foi indicado na categoria “Melhor Documentário” para a disputa de 9 de fevereiro em Los Angeles, EUA. O jornal “The New York Times”, dos mais influentes, aposta no candidato brasileiro que traz a história de Lula, o processo de impeachment de Dilma e a crise política que levou o Brasil a uma guinada à direita com Jair Bolsonaro (outro que morou aqui).

Para a diretora mineira Petra Costa, Gilberto Carvalho apontou os erros para o PT deixar o comando do país e falou uma história de “pé dentro e pé fora”.

Segundo ele, o problema foi que o partido que nasceu contestando a forma vertical, burocrática de fazer política, na medida que foi crescendo, lidando com o poder, perdeu o rumo. “O pé fora é aquele que segue ligado às lutas sociais e a gente sabe que no capitalismo só se conquista direitos na base da luta. Pé dentro é você dentro da instituição fazer o máximo para mudá-la. Fomos crescendo e o pé fora acabou esquecido e o de dentro não fez a lição, ignorou a reforma política necessária, achou que financiamento de campanha era natural…”.

Chamado de “Baixinho” por Lula, Gilberto morou em Jundiaí na década de 1990, no Edifício Estrelícia, no Condomínio Parque das Flores – Rua João Ferrara, 181, Jardim Pitangueiras, ao lado da Coopercica. Na época ele era presidente do Instituto Cajamar, que foi o grande centro de formação e capacitação política das principais lideranças sindicais, partidárias e de movimentos sociais da esquerda brasileira.

“Quando saiu daqui, ele vendeu o apartamento para o Antonio Galdino, era o número 1, no térreo”, lembra o bancário aposentado Henrique Parra Parra, que esteve no apartamento tanto com Gilberto quanto com Galdino. “O Gilberto era a alma espiritual do Lula”, acrescenta.

São quase 40 anos de convivência de Lula e Gilberto, iniciada na greve dos metalúrgicos do ABC em 1980. Tornou-se um conselheiro por saber falar e ouvir. Atento, quando dava a opinião era sempre pausada, ritmicamente bem calculada e com acentuada pertinência de suas observações. “O tom de voz passava a serenidade de quem parecia celebrar uma missa” – na infância e na adolescência passou por três seminários em Londrina, onde nasceu.

CONCORRENTES

Os outros indicados a “Melhor Documentário” 2020 são “American factory”, “The cave”, “For Sama” e “Honeyland”. Petra disse: “Estamos absolutamente emocionados e extasiados por nossos colegas terem reconhecido a urgência deste filme, e honrados por estarmos na companhia de documentários tão importantes. Numa época em que a extrema direita está se espalhando como uma epidemia, esperamos que esse filme possa nos ajudar a entender como é crucial proteger nossas democracias”.

Para muitos, no entanto, “Democracia em Vertigem” nasce incompleto, menos por conta da direção e mais porque os balanços que começaram agitar os brasileiros com os protestos de 2013 ainda prosseguem como o fio de um novelo infinito.

Curiosamente, no exato dia em que o filme chegou à Netflix, o ex-juiz Sergio Moro, que aceitou a vaga de ministro da Justiça de Bolsonaro, prestava esclarecimentos no Senado sobre mensagens privadas, fora do processo, que trocou com os procuradores da Lava Jato responsáveis por condenações como a de Lula. 

Petra é a única brasileira que pode trazer o Oscar para casa este ano. “Dois Papas”, filme dirigido por Fernando Meirelles, teve três indicações, mas o brasileiro não entrou na lista de diretores.

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