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Jundiaqui

 Para prevenir doenças, Sobam põe a terceira idade pra cantar e dançar
18 de dezembro de 2017

Para prevenir doenças, Sobam põe a terceira idade pra cantar e dançar

Projeto Geriarte tem festa de fim de ano com convidados como Coral do Criju e Clarina Fasanaro

Edu Cerioni

Dois pra lá, dois pra cá e todos juntos e misturados… A terceira idade vive melhor com projetos como o Geriarte da Sobam, que tem diversas oficinas e estimula a socialização por meio da dança e da música. Na sexta-feira (15), muitos dos conveniados acima dos 60 anos se reuniram para a confraternização de fim do ano, uma alegria contagiante.

Dr Fábio Turrini, geriatra, conta que a ideia de promover oficinas e ampliar a convivência e socialização faz bem para a saúde. “Aqui a pessoa se sente acolhida e essa brincadeira na verdade é um grande trabalho de prevenção contra quedas e outros riscos que a terceira idade está mais sujeita”.

A festa teve como convidados o Coral da Criju e a cantora Clarina Fasanaro. Os coralistas emocionaram o público, especialmente quando se espalharam pelo salão cantando e desejando a todos um feliz Natal, com abraços e beijos.

Já Clarina resgatou sucessos da MPB e do sertanejo raiz, como “Sua Majestade o Sabiá”, que todo mundo conhecia. Transformou o Espaço Movimento e Bem Estar da Sobam, na rua Bom Jesus de Pirapora, Vila Rami, em um grande salão de dança. A tarde contou ainda com apresentação especial do grupo de dançarinos da própria Geriarte.

Maria Aparecida Baad, a Cida, que foi enfermeira da Argos durante décadas, faz parte do grupo da Sobam, frequentando o espaço de terça a sexta-feira. “Tenho 82 anos e aqui ganhei amigos e impulso para ter mais qualidade de vida”, contou.

A psicóloga Camila Basso lembrou que a terceira idade sofre de solidão e que ali há um entrosamento que melhora a autoestima e faz bem para corpo e mente.

Uma das frequentadoras é Neizy Cardoso, 76 anos, que foi professora e vereadora de Jundiaí, tendo criado a Lei da Olimpíada de Redação. “O que sei de português devo a ela”, disse o geriatra, que foi aluno de Neizy no Colégio São Vicente. 

O Geriarte oferece oficinas também de pintura, artesanato, tem contação de história, jogo da memória e outras atividades para cerca de 500 conveniados atendidos por uma equipe multidisciplinar com médicos, enfermeiros, educadores físicos, nutricionistas e psicólogos. “Idoso tem que ser visto no todo”, lembra o geriatra.

“O desafio é fazer com que o idoso se movimente. E aqui, além de sair de casa, ele se sente útil, tem amigos, enfim entende que ser idoso não é estar doente”, explica o educador físico Vinícius de Araújo Santos. Vinícius estava muito emocionado, porque se despedia do grupo. Ele começa a estudar Medicina em 2018. “Espero voltar um dia”.

Dr Turrini levou a filha Manuela, de 3 anos, para curtir a tarde do Geriarte e a menina dançou muito entre vovôs e vovós. “A população está envelhecendo, em 2050 teremos mais idosos do que brasileiros abaixo dos 15 anos e temos que nos preparar para essa nova realidade”.

Perguntado sobre o que faz a diferença na vida dos que passaram dos 60 anos, o médico disse que “em primeiro lugar vem a atividade física, em segundo e terceiro também. Depois é uma alimentação saudável e a manutenção do peso. Some-se a isso a alegria e você vai longe”.

Veja fotos da festa:

Fotos: Edu Cerioni

Em tempo: até eu entrei na dança com minha mãe, dona Nina, 94 anos, que é cantora do Criju e não encarava uns passinhos há mais de um década.

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