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Jundiaqui

 Claudio Nucci de volta pra casa
10 de novembro de 2017

Claudio Nucci de volta pra casa

Foi assim que ele se sentiu no show do Koh Samui ao lado de Dri Gonçalves

Edu Cerioni

Com exclusividade, o JundiAqui traz o show que marcou o retorno de Claudio Nucci a Jundiaí. O cantor e compositor estava longe daqui há alguns anos – não soube precisar quantos – e se disse com muita saudade. Ele definiu a noite desta quinta-feira (9) no Koh Samui como uma “volta pra casa”. Se apresentou junto com Dri Gonçalves, sua esposa, com quem mora no Rio de Janeiro.

Com todos os convites vendidos com antecedência, o Koh Samui reuniu muitos amigos de longa data de Nucci, nascido aqui no Hospital São Vicente há 61 anos e que viveu uma infância divertida na casa do avô na rua Prudente de Moraes, da qual guarda muitas recordações das brincadeiras na goiabeira gigante.

Nucci resgatou sucessos dos tempos de Boca Livre, se jogou no samba e ganhou um coro especial em diversas canções. Sempre tinha uma história pra contar e isso deu um toque especial à noitada. Uma interação gostosa e que acabou em beijos, abraços e muitas fotos.

A dupla gostou tanto que foi ficando no Koh Samiu, ficando… Deixou o restaurante da avenida 9 de Julho já na madrugada, na certeza de que fez bonito e marcou a vida de todos ali.

Antes do show, que começou às 21h16 – com mais de uma hora e meia de duração -, uma expectativa envolvia as pessoas. Como o restaurante é pequeno, todo mundo ficou bem pertinho e isso fazia cruzar histórias e risos.

Muitos músicos foram conferir o show, como Fred Fevereiro, Mil Taroba, Paulo Silva, Tom Serra e Wagner Ligabó. Taroba saiu pra se apresentar com o Funk’s Natra na Quinta Livre de O Rei da Noite. Os demais bateram longos papos ao final com Nucci e Dri.

Paulo Silva se emocionou: deu o seu CD “Trindade” e Nucci lhe pediu um autógrafo. Gesto de carinho, de quem é humilde. Se Paulo Silva era seu fã, agora é também amigo.

Ligabó, que foi com a família, mostrou um vídeo de sua banda NEP – Não Estamos de Plantão -, formada por médicos, e que tocou “Das Bandas de Jundiaí”, autoria de Nucci, em um show no Teatro Polytheama. Ganhou abraços e arrancou risos de Nucci. Foi um momento de puro saudosismo dos dois.

Com Luly Alves na posição mais próxima do palco, Claudio Nucci começou o show sozinho. E quanta gentileza, ao entoar o “me dá licença de entrar, me dá licença de cantar…”. Pronto, já ganhou a plateia.

A “Das Bandas de Jundiaí” foi a segunda no repertório. Depois ele lembrou do trem e assim foi levando a todos para um lugar longe, cheio de encantos que sua musica consegue passar. No final, lhe pedi algo inesquecível em Jundiaí e ele não teve dúvidas em dizer que é a Estação Ferroviária. “Eu ia sempre pra Campinas e não me esqueço do jeito que o vendedor fazia, dizendo um piiiipoooocaaaa bem devagarinho pra depois emendar acelerado um chocolate e bala”.O morador de Nova Friburgo e que estava semana passada no programa de Rolando Boldrin, na TV Cultura, disse ter tios e primos com quem mantém sua ligação com a cidade. “Além disso, fiz muitos amigos”.

Nucci anunciou uma nova parceria com Felipe Cerquize e que vai resultar no lançamento do CD “Integridade”, em janeiro de 2018, com participação de Lenine, Zélia Dunkan e outras feras. Ele quer fazer também um trabalho em Jundiaí. Disse que vai se reunir com sambistas para lançar “Jundiaí”, que cantou um pedacinho – fala da Serra do Japi, de onde avistava uma cidade pequenina…

Tom Nando, músico e chef do Koh Samiu, foi a ausência mais sentida. Mas acabou homenageado em duas oportunidades por Nucci. “O Fofão é uma figura admirável, grande músico e artista”. Usou o apelido de Tom Nando e pediu uma salva de palmas para ele, que está em férias na Bahia. Tocou uma canção de Dorival Caymmi que fala do mar para Fofão. Caymmi, por sinal, teve suas canções imortalizadas por Nucci em um CD, que foi vendido nesta quinta, devidamente autografado.

Nucci tinha ido à tardinha passar o som e se encantou com a beleza do Koh Samui. Agradeceu o pessoal da In Som e Luz por toda a atenção que recebeu. Rodrigo Kolher foi às lágrimas ao ser abraçado por Nucci. “Sabe o que é fazer o som de quem você realmente é fã? Há dez anos estava na gravação que ele fez para o DVD do Trio em Transe e agora aqui bem do lado dele”.
Ele e Dri divertiram a todos na hora de “Briga de Casais”, em que erra de propósito a letra e gera uma discussão. Dali entraram na fase Boca Livre, “feito uma pipa no ar”. E movido por uma paixão, logo foi cantando que “um fogo queimou dentro de mim…” Quem ali não conhecia? Foi cantoria geral.

Várias vezes Nucci elogiou o astral da festa e avisou que “dessa vida nunca vou me arrepender”.

O bis teve “Sapato Velho” e, pra fechar com chave de ouro, ele deixou até de lado seu violão com base de baixo para cantar junto com a plateia “velho maquinista com seu boné…”

Em uma noite de boa música em Jundiaí, quando festejou-se os 80 anos do violeiro Antônio Carlos Guedes no Solar do Barão, o “Quero Quero” de Nucci marcou fundo para cerca de 50 pessoas. Assim foi a volta de Claudio José Moore Nucci para casa. E como ele se sentiu bem!

Em tempo: se no Halloween do Koh Samui eu escrevi que Val Junior não sabia os rumos do bloco Chupa que é de Uva para 2018, nesta quinta ele estava eufórico com as novidades que vêm por aí. Pediu pra não contar, mas vai bombar. Tem Chupa minha gente!!!

Fotos: Edu Cerioni

Nucci, Dri e eu em foto de Márcia Mota

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