LOADING...

Jundiaqui

 De volta aos bons tempos do Zé do Papagaio em pleno Koh Samui
16 de fevereiro de 2018

De volta aos bons tempos do Zé do Papagaio em pleno Koh Samui

Pianista jundiaiense mais renomado da MPB, Paulinho Calasans faz shows na cidade 

Edu Cerioni

Paulinho Calasans tocou para milhões de pessoas há menos de dois meses, no Especial de Natal de Roberto Carlos pela TV Globo. Foi elogiado pelo “Rei” em rede nacional. Nesta quinta (15), se apresentou para cerca de 50 pessoas apenas, e quer saber? Adorou. A noite de sexta (16) terá bis no Koh Samui, a partir das 20 horas.

Calasans participou de um trio nesse retorno a Jundiaí, junto com o primo Beto Calazans (este com “z”, coisa de registro do cartório) e Célia Giroto.

“Estou me sentindo no Zé do Papagaio”, disse, em referência ao bar que manteve na cidade há cerca de quatro décadas e onde se divertia ao lado dos amigos.

Beto disse que estava ali para correr atrás do “Bip-Bip”, uma brincadeira com o ritmo rápido que o primo famoso consegue impor ao seu dedilhar. “Ele parece ter dez dedos em cada mão”, comparou, sob aplauso do público.

De volta a Jundiaí para curtas férias, Paulinho, que tem de longa data o Rio de Janeiro como sua casa, onde trabalha especialmente com Djavan, arrasou no teclado e na simpatia nesta quinta.

Fez fotos com todos, contou histórias e até ouviu histórias, como as de seu pai, Geraldo, contrabaixista no Pio X – eu falei sobre a amizade dele com minha mãe, dona Nina, que ele lembrou, e Maristela Camargo emendou com lembranças do pianista Antenor, seu pai.

O SHOW

“Diana”, do Boca Livre, foi a primeira interpretação. Escolhida de propósito por dizer “Velha amiga (a música) eu volto à nossa casa” e remeter a outro jundiaiense, Claudio Nucci. Outras do Boca Livre e clássicos do “Clube da Esquina” rolaram deliciosamente.

O convidado ilustre avisou logo de cara: “Estamos aqui sem ensaio, olho no olho como antigamente. Espero que gostem, porque pra gente é um prazer”. Ninguém duvidou disso, pelas caras e bocas dos músicos durante mais de uma hora de apresentação, com um instrumental muito inspirado.

Paulinho fez alguns solos, como “Valsa para Joana”, parceria com Marcos Bosco e que homenageia sua mãe, com saúde delicada e uns dos motivos de o pianista ter esticado sua temporada por aqui.

Os causos vinham principalmente da boca de Beto, como as escapadas no carro Flecha Prateada em que ouviam o tempo todo uma fita k7 com canções de Milton Nascimento e Beto Guedes. Beto lembrou que os pais de ambos eram músicos, contou sobre Nucci chegar com um LP independente pra vender no Zé do Papagaio e isso entremeado por pérolas como “Mistérios”, “Nada Será como Antes” e por aí fluiu a noitada.

No final, Tom Nando, chef do Koh Samui e vocalista do Trio em Transe, e André Bellini, do Locomotron, cantaram “Boa Noite”, agitando o restaurante.

“Há muitos anos não posso fazer som assim, num lugar desses por conta do meu trabalho, não dá tempo. Hoje estou me divertindo”, completou para um público formado também por músicos como Fredy Fevereiro, que deu uma palhinha, Paulo Twin e Antunes Nasser, Beto Brim, Mil Taroba e Flavinho Buzanelli.

O fã clube tinha ainda Leila Cubero, Luly Alves, Cida Húngaro, Claudia Castro Siqueira, Cristinas Zanni e outros conhecidos dos velhos tempos de Paulinho por Jundiaí.

“A gente precisa mais de coisas gostosas assim, faz bem para o coração e a alma”, resumiu o espírito da noite Nanci Peres.

Veja fotos:  

Fotos: Edu Cerioni

Prev Post

Órfãos do Fígado vai desfilar…

Next Post

Jundiaí emite 833.800 toneladas de…

post-bars

Leave a Comment