Vitorioso no primeiro turno, Witzel é criticado por promover “farra dos juízes”

Vencedor do primeiro turno da eleição para o governo do Rio de Janeiro, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), 50 anos, nascido em Jundiaí, está envolvido em três polêmicas nesta reta final para a eleição em segundo turno, dia 28 de outubro.

Uma aponta que ele não pagou a maior parte do Imposto Predial e Territorial e Urbano de sua casa entre 2011 e 2016. O valor da dívida gira na casa de R$ 14 mil. Witzel, que deixou a magistratura em fevereiro deste ano, recebia salário de R$ 28.947,00 e tinha direito a auxílio-moradia de mais R$ 4.377,00.

O candidato do PSC também ganhou destaque na imprensa por ter sido um dos organizadores de evento em 2010 que ficou conhecido como a “farra dos juízes federais”. O ocorrido em resort de luxo em Comandatuba, sul da Bahia, foi patrocinado por estatais como Caixa, Banco do Brasil e Eletrobras, além de empresas privadas como Souza Cruz.

Outra polêmica que veio a tona agora é um vídeo gravado por ele, em palestra ocorrida em janeiro deste ano com juízes do trabalho, em que ensina os demais a acumular benefícios no salário. “Os juízes hoje estão recebendo auxílio moradia, auxílio alimentação, e a gratificação de acúmulo, que, na Justiça do Trabalho, eu sei que é muito mais difícil de receber, mas, na Justiça Federal, praticamente todos os juízes recebem. A gratificação de acúmulo, que é de quatro mil reais. Eu recebo, expulsei o juiz substituto da minha Vara, disse ‘Ô, negão, ou você vai viajar lá pra ficar um ano fora, ou eu vou te expulsar da Vara’. Brincadeira, adoro meu juiz substituto. Mas, se ele ficar, eu não recebo. Aí a gente fez uma engenharia. Todo mês, 15 dias por mês, o juiz substituto sai da vara”, disse ele à época. Nesta semana, Witzel negou que o recebimento da gratificação seria irregular.

O jundiaiense disputa a vaga de governador com Eduardo Paes.