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Jundiaqui

22 de dezembro de 2017

Lágrimas na piscina no adeus ao teimoso Ernesto Staeheli Neto

Técnico fez história com o polo aquático. Velório é na sede central do Clube Jundiaiense

Edu Cerioni

Ernesto Staeheli Neto ficou famoso aos gritos. “Minha carreira foi marcada pela perseverança. Minha teimosia me levou onde estou hoje”, contou ele há alguns anos, resumindo sua trajetória no esporte jundiaiense, mais triste desde a madrugada desta sexta-feira (22). Ernesto morreu aos 55 anos. Deixou a mulher Magali, uma filha e centenas de garotos que o consideravam como um pai que fez história comandando por 21 anos seguidos o polo aquático de Jundiaí.

Terceiro lugar no Estadual Sub-15 foi sua última conquista, dia 5 de dezembro passado. Outras dezenas foram colecionadas ao longo do tempo como técnico e também jogador. Um título marcante, gostava de relembrar, foi o da despedida como atleta nos Jogos Abertos de 2001, vitória em cima de Santos na “morte súbita”.

Diferente do pai que jogou futebol no Amador da cidade, ele começou no judô, ganhando a primeira medalha aos 9 anos. Passou pelo basquete, inspirado pelos irmãos Marcel e Maury, com quem dividiu as quadras em disputas de Regionais e Abertos. Chegou a ser federado, mas logo conheceu a natação quando foi cursar educação física na Esef, incentivado por Alaércio Borelli. Mas foi só o tempo de se apaixonar definitivamente pelo polo aquático.

Em 1985 se reuniu com amigos do Clube Jundiaiense para formar um time de polo. No ano seguinte já competiam como convidados, que Ernesto chamava de “saco de pancadas”. Nada o suficiente para desanimá-lo. Como jogador e técnico, foi levando na base das braçadas a ideia adiante. Ele tinha em Rudá Franco um espelho para cada novo atleta recrutado ao polo.

Em 2009 ele já tinha sofrido um infarto por conta do estresse. Saiu dessa e se disse “novo em folha”. Desta vez, a história teve outro final com a morte súbita desse jundiaiense de garra.

O velória é na sede central do CJ, à rua 11 de Junho. O enterro será no Cemitério do Desterro, 17 horas.

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