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Jundiaqui

 Tico Milani mantém acesa memória do irmão craque de bola
15 de novembro de 2019

Tico Milani mantém acesa memória do irmão craque de bola

Aos 92 anos, morador do Centro criou um museu para Mário Milani

Edu Cerioni

“Éramos 6”, conta Tico Milani sobre os filhos de Fortunato e dona Olga. O caçula, sendo o único remanescente, é o responsável aos 92 anos por manter viva a memória familiar. Tico gosta de lembrar que Arnaldo lutou pelo pelo Brasil em terras italianas durante a II Guerra Mundial e que o pai, de quem herdou o prenome, era dono do casarão na rua do Rosário onde nasceu a Escola Padre Anchieta. Tico fala que também jogou futebol pelo Clube São João, mas seu foco mesmo é preservar a memória de Mário – os outros foram Ugieri, Romeu e Renato.

Tico criou um museu para o irmão na chácara da família em Itupeva e transferiu parte dele para seu apartamento no Centro de Jundiaí, onde recebe amigos, como Lucas Saito, e exibe orgulhoso fotos, recortes de jornais, medalhas, livros e tudo que tenha ligação com Mário. Sua coleção agora conta com o JundiAqui em Revista – “Um Século de Curiosidades”, que registra a vida do futebolista famoso.

Mário Milani nasceu em Jundiaí em 15 de agosto de 1918 e faleceu em 24 de setembro de 2003. Jogou no São Paulo, no Fluminense e no Corinthians. É campeão carioca de 1940 e paulista de 1941. No time do Parque São Jorge ainda foi duas vezes artilheiro do estadual, em 1942 com 24 gols e em 1943, com 20. “Falam tanto do Leônidas, mas ele foi banco do Mário na Seleção Paulista que ele ajudou a vencer o brasileiro em 1941 e 42”, avisa Tico, com orgulho.

Pelo Timão, foram 129 jogos e 100 gols. A fama de goleador de Mário o fez ganhar o apelido de “Menino de Ouro”. Em 1951 e 1952, já veterano, ele jogou no Paulista de Jundiaí.

Um tesouro que Tico guarda é o “Collector’s Book Nação Corinthians”, lançado para celebrar o centenário do Corinthians pela Toriba Editora, com somente 1.500 exemplares publicados em 2010. “É um livro que custa mais de dez mil reais”, acredita Tico – na época do lançamento girava na casa de R$ 7 mil.

O maior livro já produzido por uma editora brasileira é uma edição numerada com o formato 50cm x 50cm, 624 páginas impressas em papel couchê italiano, 30 kg, sete páginas triplas com dupla dobra formato 150cm x 50cm assinados individualmente por Ronaldo Fenômeno, Sócrates, Rivellino, Wladimir, Basílio, Neto e Marcelinho Carioca.

Tico ganhou luvas brancas para folhear o “Nação” e elas servem agora para marcar páginas em que Mário aparece.

 

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