Destaque no encontro de rainhas e princesas de várias épocas da Festa da Uva promovido neste ano pela organização, a veterana Pompéia Fabrício transbordava alegria pelo reconhecimento de quem passou pela corte ao longo dos mais de oitenta anos do evento. Ela foi rainha ainda antes da construção do Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari, em 1947.

“Eu tinha dezenove anos e era de uma família tradicional. Mas como meu irmão Nino colaborava com a emissora de rádio acabou saindo a brincadeira e a eleição era praticamente feita entre os ouvintes, meu nome acabou ganhando apoio mesmo não estando entre as candidatas oficiais. Foi uma experiência maravilhosa”, lembra.

A festa, que começou no antigo Mercado na década de 1930, teve uma fase suspensa durante a 2ª Guerra Mundial mas logo voltou com tudo. Muitas eleições de rainha ocorreram no Teatro Polytheama e as torcidas enchiam o local.

Outra das veteranas rainhas presentes era Neusa Fontebasso, que reinou durante a festa de 1956. Foi a segunda no posto depois da inauguração do Parque da Uva, projetado pelo visionário prefeito Vasco Venchiarutti. Entre uma nostalgia da antiga concha acústica ou da locomotiva, ela citou que a admiração por referências da cidade é também algo de família – nos Morandini, teve irmão envolvido com obras como o próprio Polytheama, a Ponte Torta ou a Igreja da Vila Arens.

O encanto ainda é grande. Rainha em 2008, depois de ter sido primeira princesa em 2006, Débora Sprenger concorda que a experiência é especial. “E conhecer essas outras rainhas é um privilégio”, comentou.

Por José Arnaldo de Oliveira

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