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Jundiaqui

 Vinho de Niagara Rosada passa por maior teste da história
30 de maio de 2019

Vinho de Niagara Rosada passa por maior teste da história

26 amostras de 12 produtores têm avaliação de especialistas em busca de mais qualidade

Edu Cerioni

Com exclusividade, o JundiAqui acompanhou nesta quarta-feira (29) o 1º Painel Sensorial do Vinho de Uva Niagara Rosada de Jundiaí. Produzido ao longo das últimas oito décadas em toda a região, ele passou pelo seu maior teste na história: a avaliação de 14 especialistas convidados pela Associação Agrícola de Jundiaí em parceria com a Prefeitura Municipal e outras instituições. A missão dos convidados: destacar qualidades sim, mas mais importante ainda, ajudar a corrigir defeitos da bebida.

“Nosso objetivo é num futuro próximo poder até fazer um concurso do melhor vinho de Jundiaí, assim como acontece com as uvas durante a Festa da Uva”, contou o presidente da Cooperativa de Produtores de Vinho (AVA), Amarildo Martins. Ele ficou na plateia junto com outros viticultores para prestigiar o que chamou de ‘um marco’. “A busca é por qualidade”, acrescentou Eduardo Alvarez, da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo.

Enólogos e entendidos na arte de se fazer vinho com formações em diferentes áreas, alguns professores universitários e outros mestres no assunto, é que tiveram o privilégio de escrever esse capítulo de uma história que está apenas começando. E convenhamos, provar vinho é uma delícia, certo? Não é bem assim que acontece em um painel sensorial. Afinal, começou às 9 horas a degustação e foram nada menos do que 26 amostras de 12 adegas entre Jundiaí, Itatiba, Louveira e Vinhedo.

O público acompanhou atento uma primeira demonstração com um “vinho-base” para ajuste do paladar dos avaliadores, que foram explicando cada etapa, critérios e forma de trabalho do grupo. Depois, os 14 foram para uma sala reservada para concluir a avaliação sem pressões externas.

Foram experimentando o vinho sem saber quem o produziu e dando notas em uma ficha – a cada nova rodada da bebida, um gole de água e uma bolacha salgada para limpar o paladar. Foram várias etapas em que o vinho foi testado nos sentidos visual, olfativo e gustativo. As fichas foram entregues ao final para que os produtores conheçam melhor seu produto e façam as devidas modificações necessárias.

Em resumo, se usou uma taça em formato padronizado e o vinho foi servido na temperatura ideal. Os jurados olharam intensidade de cor, tonalidade e a transparência do líquido, depois levaram a taça próxima ao nariz para cheirar a fundo e  só então provaram da bebida na boca.

O painel foi comandado por José Luiz Hernandes, pesquisador científico do Centro de Frutas, dentro da Etec Benedito Storani, mais conhecida por Colégio Agrícola. Foi no espaço onde funcionará futuramente o laboratório de vinhos da escola técnica, que teve R$ 8 milhões investidos pelo Governo do Estado de São Paulo e que espera por nova liberação de verba para a compra dos equipamentos – valor não divulgado pela direção, que disse não ter prazo para a estreia do curso de Viticultura e Enologia que desde 2010 foi anunciado.

Os produtores também puderam assistir a palestras que destacaram o poder do vinho de uva comum no Brasil, com 80% do mercado total. “Antes um vinho de uva comum bom a um de uva fina ruim”, destocou Zé Luiz.

Veja fotos:

Eis o laboratório da Benedito Storani…

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