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Jundiaqui

 André Kondo ganha bolsa para visitar Japão e conhecer Família Imperial
22 de janeiro de 2020

André Kondo ganha bolsa para visitar Japão e conhecer Família Imperial

Escritor foi selecionado para intercâmbio que leva descendentes ao país de seus ancestrais

Edu Cerioni

Um concorrido prêmio foi dado ao escritor André Kondo, que tem um pé em Jundiaí, para que visite o Japão. Na verdade será um retorno para ele, que foi para lá de mochileiro anos atrás e agora voltará de terno e gravata – esta um presente de sua mãe.

Ao se tornar um bolsista Gaimusho Kenshusei, André terá agora em 2020 a maior honraria para alguém que tem o Japão em suas veias: ser recebido por membros da família imperial, além de encontros com outras altas autoridades nipônicas.

O Programa de Convite ao Japão Contemporâneo teve centenas de inscritos entre os descendentes de japoneses de toda a América Latina e do Caribe, sendo que apenas dois brasileiros foram selecionados ano passado, André e Fernanda Gushken.

Em 2017, diante de uma loja, o impasse: ‘compro ou não um terno?’. Eu não queria mais usar gravatas, queria ser um escritor vestido pela simplicidade. Porém, saí daquela loja de terno, caminhando pela avenida Paulista diretamente para uma entrevista. Foi o primeiro passo para uma experiência que começa a se concretizar agora: uma das mais fascinantes bolsas concedidas pelo Governo Japonês, Gaimusho Kenshusei (Bolsa do Ministério das Relações Exteriores do Japão)”, conta.

Na ocasião, André ficou entre os quatro finalistas, mas apenas dois foram contemplados. Nova tentativa em 2018, até o sucesso em 2019. “Minha mãe, acreditando que eu seria selecionado, comprou-me uma gravata… Creio que não foi a persistência que me levou a receber a bolsa agora, mas sim o comprometimento”. E prossegue: “Confesso que o meu comprometimento é ainda maior: é o de usar a gravata que minha mãe comprou, pois a ela, ao meu pai e aos meus avós, imigrantes japoneses que saíram do Japão sem nada, que eu faço esse retorno”.

Diferente da maioria dos bolsistas até agora, André ainda não faz parte da obra “O Nikkei no Brasil”, organizada por um dos maiores juristas do país, Kiyoshi Harada. “Dentre os nomes escolhidos nos últimos anos estão pessoas ilustres, doutores, políticos, juízes, militares de alta patente, presidentes de entidades, empresários. Nunca imaginei que um poeta poderia estar entre eles, pois enquanto eu era sonho, todos aqueles já eram realidade”.

O escritor vai embarcar no dia 31 de janeiro ao Japão. “E quando eu vir o sol nascer em Tóquio ou em Okinawa, será o sorriso de toda a minha família que brilhará”.

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