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 Família de Jundiaí dá exemplo ao mundo ao “adotar” venezuelanos
18 de dezembro de 2019

Família de Jundiaí dá exemplo ao mundo ao “adotar” venezuelanos

Raul e Elvira ganham carinho aqui, onde até são chamados de avós

Essa quarta-feira, 18 de dezembro, é Dia Internacional do Migrante e a “Folha de São Paulo” apresenta em suas páginas histórias de acolhimento e que servem de exemplo ao mundo todo. Uma dessas família acolhedoras é de Jundiaí, onde um casal de venezuelanos ganhou uma chance de reencontrar a felicidade.

Venezuelanos, haitianos e sírios formam os três principais fluxos de migratórios recentes para o Brasil e todos eles buscam uma segunda família. Veja o que escreveu a repórter Flávia Mantovani…

VENEZUELANOS SÃO CHAMADOS DE ‘AVÓS’ POR ESTUDANTE

Até pouco tempo atrás, a estudante Gabriela Roque, 20, tinha ouvido falar da crise na Venezuela apenas superficialmente, pelo noticiário. Hoje, a garota se considera “neta” de Raul, 73, e Elvira Siccalona, 65, dois imigrantes venezuelanos.

O encontro entre eles aconteceu no ano passado, em um almoço na casa da família em Jundiai. A tia de Gabriela, Andrea Leoncini, conheceu Raul e elvira quando participava de um projeto voltado para o empreendedorismo de imigrantes.

“Tivemos uma afinidade muito grande e quis que eles conhecessem minha família”, diz Andrea, 50. “Meus sobrinhos formaram uma roda em volta e eles foram relatando coisas sobre a Venezuela, contando histórias. Eles se apaixonaram uns pelos outros.”

“O que ele contou me chocou muito. Era uma realidade totalmente diferente da minha”, diz Gabriela.

Raul lembra que, nesse dia, as crianças da família confeccionaram uma bandeira venezuelana de papel, onde escreveram palavras de incentivo. “Eles nos acolheram como se nos conhecessem há muito tempo. Apesar das dificuldades com o idioma, todo mundo colocou seu grão de areia para que a comunicação entre nós fosse boa.”

Depois desse dia, as famílias se mantiveram próximas. No aniversario de Elvira, Andrea levou-a para um dia de cuidados de beleza em um cabeleireiro. Raul e Gabriela sempre trocam mensagens pelo WhatsApp, seja para pedir notícias, seja para dar conselhos de avô para neta.

“Para mim, esse encontro mostrou que somos parte de uma família planetária. Basta ter disponibilidade que a gente se encontra” diz Andrea.

Leia a reportagem completa com outros acolhimentos também

Foto: Bruno Santos/Folha Press

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