Nascido na Ponte São João em 1968, Wilson José Witzel faz história na política logo em sua estreia. Ex-juiz federal “ficha limpa”, ele focou sua campanha ao Governo do Rio de Janeiro no combate à corrupção e ao crime organizado, vencendo com larga vantagem a disputa do primeiro turno neste domingo (7).

Witzel (PSC), 50 anos, ex-fuzileiro naval, pegou carona na onda pró-Jair Bolsonaro que varreu o Brasil e vai para o segundo turno com mais de 41% dos votos, a maior votação da primeira etapa do pleito ao governo fluminense.

Quem também chegou vivo para a disputa de 28 de outubro é o ex-prefeito da cidade do Rio Eduardo Paes (DEM), que permaneceu à frente das pesquisas na maior parte da campanha – somou cerca de 19% dos votos. Ficaram pelo caminho Tarcísio Mota e o ex-jogador da seleção Romário, entre outros.

“No Rio de Janeiro, bandido não terá mais vida mansa”, avisou jundiaiense que convenceu o eleitorado.

Apesar de a aproximação explícita de Bolsonaro ser recente, o discurso do ex-magistrado já era alinhado com alguns ideais do candidato do PSL. Desde o início da campanha, Witzel defende que policiais poderiam, em seu governo, “abater” bandidos armados, ainda que respondessem criminalmente por isso.

Witzel deixou a magistratura em março (foi juiz federal por 17 anos) para estrear na política. Ele é doutorando em Ciências Política, mestre em Processo Civil e professor de Direito Penal Econômico – com passagem por Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Ele morou em Jundiaí, onde ainda tem familiares. Saiu quando tinha 19 anos e foi morar no Rio. Lá, foi fuzileiro naval e defensor público. De 2014 a 2016, foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo. É casado e pai de quatro filhos.