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Jundiaqui

 Toda mulher é bonita
7 de junho de 2017

Toda mulher é bonita

Cláudia Bergamasco conta sobre o presente que ganhou ao se tornar modelo de maquiagem

No dia do aniversário do meu pai, eu ganhei um presente subjetivo. Fui convidada para ser modelo de maquiagem. Eu? Sim, eu. Claro que topei. Sempre quis fazer olhão, bocão, pele perfeita. Mas, míope do jeito que sou, minhas tentativas de maquiagens mais elaboradas foram pífias. Ou melhor, um tremendo fracasso.

Certa feita, fui à festa de formatura de um amigo que tornou-se veterinário. Festão. Coisa que não existia na minha época. Caprichei no visual. E, claro, botei cílios postiços. Todos me olhavam de um jeito que eu descreveria como esquisito, mas ninguém falava nada. O que poderia estar errado? Vestido de festa, cabelo de festa, sapato de festa, maquiagem. Descobri quando voltei para casa: meus cílios postiços estavam tortos e totalmente fora do lugar.

Fiquei com olhos esbugalhados, tortos. Ou seja, ridícula. O pior é que ninguém meu deu um toque ou se propôs a me ajudar a consertar “aquela coisa” nos meus olhos. Depois disso, só me aventurei aos cílios postiços novamente no carnaval.

Sempre tive vontade de ser bem maquiada, aquela feita por um super profissional. Quando o convite veio, achei um tanto estranho, já que não sou nenhuma garota. Lá no salão, mais uma surpresa: nenhuma das modelos eram mocinhas magricelas de cabelão e super altas. Eram mulheres reais. Eu, você, sua mãe… Logo me senti em casa.

A profissional a quem fui destinada, a Fernanda, foi extremamente delicada, sensível ao meu biotipo e fez um trabalho surpreendente. Quando olhei no espelho, ah, essa hora foi mágica. Amei o resultado. Pele de pêssego, cores suaves e olhos marcados – com cílios postiços.

Todas as modelos ficaram lindas. Ao chegar em casa, com sorriso rasgado no rosto, me dei conta do óbvio: toda mulher é bonita do ponto de vista plástico. Só precisamos adequar o make, as roupas. E, às vezes, para espantar o baixo astral e levantar a autoestima, basta uma boa maquiagem. No meu caso, já me achando uma gata, faltou apenas a quem mostrar. Um beijo, um abraço e um elogio masculino completaria o pacote.

Obrigada, Fernanda. Você foi incrível. Obrigada Neia, pelo convite. Amei. Da próxima vez (já fui convidada para outra sessão), vou marcar com um amigo bacana para irmos em algum lugar bacana e eu poder me exibir. Nós todas merecemos também esse tipo de carinho.

Cláudia Bergamasco é jornalista

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