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Jundiaqui

 O guardião da história das duas e das quatro rodas
19 de agosto de 2017

O guardião da história das duas e das quatro rodas

Conheça a história do jundiaiense José Burche, dono de motos e carros que são verdadeiras raridades

 Edu Cerioni

Uma casa do Jardim Itália guarda verdadeiras preciosidades produzidas ao longo do tempo pela indústria de motocicletas e automóveis. José Burche é o guardião e quem dá vida nova a antigas máquinas do mundo todo.

Com capricho, Burche desmonta completamente cada moto que compra. Daí, parte para um processo de restauração minucioso, indo buscar peça no país de origem do modelo, que pode ser alemão, japonês ou italiano.

Cada parafuso recebe o tratamento necessário para que volte a funcionar com precisão e até a brilhar. As motos de Burche fazem sucesso em revistas especializadas e roubam a cena nos encontros de colecionadores.

Burche também tem carros, caminhonetes e até um trator. Sua coleção já dá para formar um museu que Jundiaí não tem.

Duas rodas

A vedete da turma de dez motos é uma NSU alemã. Ela é de 1952, modelo Konsul 1 – 350. Não há outra igual no Brasil, um orgulho para o técnico em eletrônica. A restauração beira a perfeição, com seus muitos cromados.

A baixinha da turma é outra raridade: uma mini-moto ST 70 da Honda, modelo de 1973 que pode ter sua frente removida para que vá no porta-malas do carro, por exemplo. Tem apenas 74 cm de altura e é impecável. Burche levou um ano no desmonte, tratamento das peças e remontagem – a NSU consumiu 3 anos.

A moto da vez na bancada de trabalho da oficina é uma BMW 1951. Burche, por sinal, tem outras delas, uma 2013 R1200R Classic, sua moto para curtir uma estrada nos finais de semana. Outra BMW é a raríssima R60, de 1961, preta.

Nessa linha de mostos exclusivas no Brasil, ele tem uma Meguro de 1958, a S3 Junior K1. Espera por peças que foram encomendadas e estão vindo do Japão. Daquele país tem ainda a Honda CBR 1000F de 1991, entre outras de cross.

A representante italiana é uma Vespa M4 de 1963, verdinha e linda. Está na fila para os acabamentos finais, para que volte às ruas. Ele tem bicicletas também, algumas já finalizadas e outras esperando a vez de ganhar um banho caprichado de graxa…

Quatro rodas

Os carros também são lindos. O xodó é um Ford T de 1925. Carros feitos por Henry Ford em 1929 são mas comuns, mas esse quatro anos mais velho é difícil de se ver por aí. Tem manivela para dar parida, placa preta, o que lhe assegura uma originalidade fantástica.

Tem ainda uma picape Chevrolet de 1953 fazendo o motor, outra Chevrolet Brasil 60, em reforma, assim como um antigo trator. “Eu amo fazer isso, restaurar cada detalhe. Penso em quem projetou, em quem construiu e faço para preservar a memória sobre rodas”, diz.

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