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Jundiaqui

12 de agosto de 2018

Roberto Zambelli parte deixando música no ar

Familiares, amigos e fãs se despedem do cantor; enterro é nesta segunda às 11 horas no Cemitério dos Ipês

JOSÉ ALBERTO ZAMBELLI

(*Atibaia 30/10/1950, + Jundiaí 12/08/2018)

O músico Roberto Zambelli nasceu em Atibaia e mudou-se para Jundiaí aos catorze anos. Tornou-se cantor e violonista depois de estudar com Sérgio Camargo e, com apenas 16 anos, virar músico profissional tocando na antiga cantina San Remo ao lado de Alcides de Oliveira.

Em 1968, ao ficar maior de idade, passou a fazer parte do grupo Os Napkins ao lado do próprio Sérgio Camargo, Norival de Brito Salles, Pedro e Sanan. Foram quatro anos animando festas e bailes ao vivo. Desfeito o grupo, passou a fazer apresentações individuais.

Em 1982, mais experimente, juntou-se a João Jampaulo Junior, Ivan Fernandes, Valdir Ramos, José Luiz Fagundes e Marta Correa em uma das bandas daquele efervescente momento de Jundiaí na banda Raízes Pó Poeira (foto abaixo, reprodução Acervo Professor Maurício Ferreira/Sebo Jundiaí), que saiu a conquistar prêmios em festivais de música pelo interior.

Dentro da grande cena de bares noturnos e movimentos culturais, o Pó Poeira participou ainda da primeira fase do Projeto Colibri, ocupando praças públicas e outros espaços com arte, incluindo a popularização da recente sala Glória Rocha, no Centro das Artes, criado no local do mercado municipal onde funcionou a primeira Festa da Uva.

A carreira solo continuou, tocando em praticamente todos os bares e restaurantes da década de 80 como Neanderthal, Pelicano’s, Cekiçabe, Camaleão e outros.

Em 1998, esteve também na comemoração dos 100 anos da lendária lanchonete e restaurante A Pauliceia.

Tornou-se ao longo dos anos uma das presenças mais queridas na lanchonete Natura, ponto lendário de encontro de veteranos da música e da boemia da cidade no Vianelo, bairro em que morava – enfrentava graves problemas de saúde nos últimos dois anos.

Um projeto mais recente foi a participação na peça “Amor 6”, em 2011, na comemoração dos 20 anos do grupo Performático Éos. Trabalhou na trilha sonora de uma colagem de textos de autores consagrados como Shakespeare ou José de Alencar sobre as variações do amor e da paixão.

Zambelli parecia um personagem vindo do cinema “noir”. De porte magro, gostava de usar nas noites frias um elegante sobretudo escuro.

Se despediu de Jundiaí neste domingo (12), Dia dos Pais. Deixa fãs que vão dar seu adeus nesta segunda-feira (13), às 11 horas, no Cemitério Parque dos Ipês. O corpo está sendo velado no Centro.

Texto: José Arnaldo de Oliveira / Foto: Edu Cerioni, em setembro de 2015 no Bar Natura

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