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Jundiaqui

 Telha vira símbolo de esperança para restauração da Estaçãozinha
1 de novembro de 2018

Telha vira símbolo de esperança para restauração da Estaçãozinha

Campanha tenta unir forças em Jundiaí para que prédio de 120 anos ressurja das ruínas após incêndio

Integrantes da campanha “Estaçãozinha Pede Socorro” fizeram na tarde de quarta-feira (31) a entrega simbólica de uma das telhas, que foi envernizada, das ruínas da Estação Jundiahy-Paulista, como um pedido de apoio para representantes da Prefeitura Jundiaí e da Câmara Municipal.

O movimento está agora convidando simpatizantes para um mutirão voluntário no sábado (10) para limpeza do entorno do prédio consumido por incêndio este ano. A ação vai acontecer a partir das 10 horas. Neste mesmo dia, uma segunda telha vai ter entrega simbólica e coletiva ao Conselho Municipal do Patrimônio (Compac), a partir das 19 horas, na chamada Sala dos Relógios do Complexo Fepasa.

A campanha foi lançada por 40 pessoas no dia 13 de outubro e, desde então, já viu triplicado o número de apoiadores.

A Prefeitura esteve representada no encontro pelo diretor de patrimônio, William Paixão, e a Câmara pelo vereador Faouaz Taha.

Um dos principais avanços da agenda, contou Eusébio Santos pela APMCP (Associação de Preservação da Memória da Companhia Paulista), foi a reação do procurador José Lucas Perroni Kalil, do Ministério Público Federal em Jundiaí durante encontro no dia 26 de outubro, de separar os processos do Complexo Fepasa, que já está municipalizado e tombado, e da Estação Jundiahy-Paulista de 1898, que ainda está sob o âmbito federal.

A entrega simbólica da telha vinda de navio, dez anos antes da estação ser aberta, de uma cerâmica de Marselha, na França, contou com a presença da colaboradora da associação Cidinha Munarolo, da fotógrafa Ana Lúcia Soares, do jornalista e cientista social José Arnaldo de Oliveira, da assessora parlamentar Raquel Biondi e da ex-telefonista da estação, Deyse Oliveira Prado Bastos, que levou sua neta.

Diretor de patrimônio, Paixão afirmou que a Unidade de Cultura está mantendo também contatos em Brasília, talvez para o próximo governo, e citou a atual busca de soluções definitivas para a Casa Rosa e o Solar do Barão. O vereador Faouaz citou a nova atenção à região central na lei de rotas turísticas – reforçando a preocupação com o entorno citada por Arnaldo, contribuinte voluntário de estudos da Rota do Centro Histórico.

Mas a campanha, para chegar ao objetivo de resgate da Estaçãozinha como ocorreu com as ruínas do Polytheama, da Ponte Torta ou do Solar do Barão, depende do apoio da comunidade. Por coincidência, no mesmo dia da entrega da telha simbólica ela apareceu como destaque da exposição fotográfica de memórias de Jundiahy, de Regina Kalman, em cartaz na Pinacoteca.

Outra curiosidade ocorreu mais cedo, no próprio Complexo Fepasa onde ocorreu a reunião. Um grupo de alunos de cinco anos de idade da EMEB Luiz Bárbaro, na Ponte São João, formava o trem imaginário conduzido pelo ex-ferroviário Márcio Tenor quando, ao ouvirem sobre a campanha e o que farão depois do que do que deve ser um demorado processo de resgate da estaçãozinha, responderam um uníssomo: “seremos guardiões”. O patrimônio pode até ser prejudicado pelo abandono ou pelo fogo, mas a memória da cidade une gerações.

Contato pelo email estacaozinhasos@gmail.com ou no grupo Estaçãozinha do Facebook.

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