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Jundiaqui

 Torcida do Paulista faz minuto de silêncio virtual no adeus a Mamede
14 de abril de 2020

Torcida do Paulista faz minuto de silêncio virtual no adeus a Mamede

Comerciante e conselheiro do clube, Mohamad Fauze Taha morre aos 35 anos

Em meio a quarentena, sem futebol por causa da pandemia do novo coronavírus, a torcida do Galo é convocada a fazer um minuto de silêncio – cada um em sua casa por conta do necessário isolamento social – nesta terça-feira (14), pelo falecimento do conselheiro do clube Mohamad Fauze Taha, o Mamede.

O comerciante tinha 35 anos e foi vítima de um infarto. Seu corpo foi enterrado pela manhã na presença de familiares apenas. Ele deixa a esposa Francine e a filha Laura.

Apaixonado pelo Paulista Futebol Clube, Mamede vivia intensamente as coisas do time que ajudou a subir de divisão em 2019 e que via com tristeza ser o lanterna do estadual 2020. Mas nem isso abalava sua paixão, expressa nas fotos das redes sociais, vestindo a camisa tricolor em 9 de cada dez imagens. Seu primo Faouaz Taha, presidente da Câmara Municipal de Jundiaí, publicou como despedida de Mamede uma foto juntos em um jogo do Galo.

Filho de Silvia e Fauze Taha, trabalhava no comércio familiar, a Casa de Móveis São Jorge, tradicional loja que trocou o Centro da cidade pela avenida Frederico Ozanan. Foi embora cedo demais, para tristeza dos irmãos Omar, Samara e Mariam.

Mamede frequentava o Centro Islâmico de Jundiaí, sendo neto de Mohamad Omar Taha. Seu avô veio ao Brasil em busca de uma melhor oportunidade de vida no século passado e aqui constituiu família. Se muitos dos imigrantes eram católicos, Mohamad era da parcela menor de muçulmanos e ajudou a eternizar na paisagem da cidade que o acolheu a Mesquita de Vila Arens – que desde 20 de março interrompeu as orações das sexta-feiras para evitar aglomerações em tempos da Covid-19.

Em 2008, Mamede foi conhecer a terra dos ancestrais, viajando por diferentes cidades do Líbano, como Baalbek (foto abaixo). Também esteve na Itália.

No Facebook, a prima Yasmim Taha, jornalista, escreveu: “A vida é um sopro, que muitas vezes vem como um furacão e leva de maneira avassaladora aqueles que amamos. Hoje acordei com a notícia da partida do meu primo querido Mohamad Taha, o nosso Mamede. Quanta dor! Deixará um vazio eterno nos corações da nossa família e daqueles o que amam.

Sou grata pelas lembranças boas que tenho com ele na infância. Quando a gente brincava de fazer pedágio na rua do sítio em Jarinu; ou íamos  cantando na caçamba da caminhonete do Tio Fauze ou em todas as outras brincadeiras que ele mesmo inventava, sempre com muita emoção.

Queria ter dito tudo isso a ele e o quanto a recordação desses momentos me traz leveza. Resta-me fazer essa homenagem para que todos saibam o cara maravilhoso que foi.

Que você esteja em paz Mohamad. Os encontros dos primos nunca mais serão os mesmos. Te amamos!”

Fotos: reprodução Facebook e a do alto da página de Gustavo Amorim/colaboração

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