Um tiro no escuro
Pelo Dr. Didi
“Um tiro no escuro”. Filme de Blake Edwards de 1964 com Peter Sellers, de “A pantera Cor-de-Rosa”, e Elke Sommer.
É o que parece ter sido dado por Sergio “Lava-Jato” Moro.
Atirou no que viu e sentiu e acertou no que percebeu na “Loucademia de Ministros” em 22 de abril próximo passado.
A “abundância” de falas tresloucadas deixariam perplexo o professor Raimundo.
Tem para todos os gostos.
Todos “Meninos Maluquinhos” do Ziraldo. Que falta faz o Sergio “Stanislaw Ponte Preta” Porto e seu FEBEAPA.
Mas, dentro de todos os “assuntos” discutidos, o que mais me interessa, é o que já venho discorrendo e alertando de há muito.
A célere disponibilidade de armas e munições para “pessoas de bem”.
Já, escrevi aqui com o título, também, cinematográfico de “Jogos, trapaças e dois canos fumegantes” de Guy Richie de 1999.
De 550 cartuchos ano para 600 cartuchos mês e liberdade para aquisição de armas, antes proibidas e de uso exclusivo, e até quilos de pólvora.
Está na MP que causou a destituição do Gen. Pacceli e investigação da procuradora Rachel Branquinho.
A arma foi feita para matar e muitas vezes pessoas inocentes.
Não estou sequer falando do triste episódio dessa semana, que vitimou o João Pedro no (sempre ele) Rio de Janeiro.
Se o despreparo técnico de policiais “treinados” a causou, imagine-se a arma na mão de pessoas movidas pelo ódio.
O “poder de fogo” na mão de civis auto-investidos em “guardas da esquina” nos causará ainda muita tristezas.
Pano de fundo para as mais de 20 mil mortes por Covid-19, que sequer foi lamentada, e nos fez ver um atordoado Dr. Nelson Teich perdido e depois demitido.
Tenho medo do que virá, tanto como tenho de me contaminar em minha vida diária no convívio com a pandemia.
Até!
Diógenes Augusto é médico