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Jundiaqui

 A vergonha de cada um
10 de outubro de 2017

A vergonha de cada um

Por Dr. Didi

Quando criança, meu medo maior era “passar vergonha” ou envergonhar meus pais.

Hoje já não sei o que causa vergonha…

Não acho que proibir a exibição de uma peça de teatro, ou uma exposição, ou uma performance, como aconteceu aqui em Jundiaí, Porto Alegre ou no MAM, tenha a ver com vergonha.

ARTE RUIM VAI PARA O LIXO. Sozinha. Por seus deméritos.

Luis Inácio disse ao Juiz Sergio Moro que não saberia como encarar os netos, após os recentes depoimentos.

Realmente. As crianças têm que ser protegidas, já que os filhos perderam a vergonha faz tempo.

Será que Michelzinho vai entender, quando adulto for, que o pai foi denunciado por duas vezes no exercício do mandato? Por enquanto…

Os Senhores Doutores do STF ficam envergonhados ao conceder habeas-corpus a parias da sociedade na calada da noite?

Ou por serem donos de faculdades de Direito?

Ou por não declararem-se impedidos quando há conflito de interesses?

Ou, por ao fim de cada sessão exporem as vísceras do tribunal com a bile a escorrer no canto da boca.

A jornalista Vera Magalhães, de “O Estado de São Paulo”, escreveu: “Passou da hora do STF agir como Suprema Corte e unificar seus procedimentos”.

Relembrou que o ex-ministro Ayres Brito enquadrou Ricardo Lewandowski que estava sentado no processo do Mensalão sem revisar o relatório de Joaquim Barbosa. Aí a coisa andou.

Dra Carmem Lucia também precisa enquadrar seus pares, para que a coisa ande ou também no futuro vai envergonhar-se.

No “Painel”, da Globo News, comandado por William Waack, o ex-ministro Carlos Veloso e os professores José Alvaro Moisés e Roberto Romano concluíram que a atual e vergonhosa situação, ou crise, político-institucional do país, ocorre por conta de que o STF tornou-se um tribunal penal e não uma Suprema Corte.

Por conta de que os políticos delinquentes têm foro privilegiado e aí não vão para as primeiras e segunda instâncias, onde haveria choro e ranger de dentes.

Proibir Aécio Neves de sair à noite me parece medida psiquiátrica e não judicial.

Já o Parlamento – posso, assim, chama-lo? – perdeu-se por completo.
Agora já nem mais disfarçam. Querem o confronto com a justiça quase na certeza da vitória.

REFIS para eles mesmos, medida provisória para livrar o sr Moreira Franco das garras da primeira instância, reforma política como garantia de continuar tudo da mesma forma e assim por diante.

Já estão em nova romaria. Não para Aparecida em seu mês maior, e sim para o “covil” do Jaburu, em uma nova rodada a ser faturada.

Vi um vídeo em que o sr Paulo Hermann, CEO da John Deere, conclama as pessoas a se descolarem das noticias de jornal, rádio e TV que envolvam  Executivo, Legislativo e Judiciário. Fala pra que passem a cuidar de suas próprias vidas. Sei não…

“Banir a atividade política é nos deixar entregues a um governo de juízes ou militar”, disse o sociólogo Luiz Werneck Vianna.

Já o general Edson Pujol, do Comando Militar do Sul, falou que as pessoas insatisfeitas deveriam ir para as ruas. Há um descompasso nas declarações de algumas altas patentes sob o olhar complacente do general Villas Boas, o comandante do Exército.

O Comandante das Forças Armadas é o “GENERAL JUNGMANN” por obra e graça de FHC, que tornou civil o comando de Aeronáutica, Exército e Marinha – uma graça que teve até José Genoíno com patente no Governo Lula.

Abre parênteses: “Não se devolve o território conquistado para o inimigo”, como aconteceu na Operação Rocinha. Fecha!

Já fomos para rua para o impedimento da sra Rousseff. E depois…

Até para a realização de mais um ENEM, que classificara os candidatos para a futura elite do país, terá que acontecer uma operação de contra-espionagem para conter as fraudes. Cabe o bordão:”ISSO E UMA FALTA DE VERGONHA!”

Com tristeza vejo o sr Carlos Arthur Nuzmann preso. Já sabíamos o que ronda nas “casas bandidas”, como diz o Juca Kfoury.

Quando da abertura da Olimpíada de 2014, aqui escrevi que naquela noite o MUNDO PODERIA SER O MARACANÃ, tamanha a beleza do espetáculo de Débora Colker e companhia. Mas adverti que estaríamos na cola do sr Nuzmann, homem que conheci ainda atleta, levantador da seleção brasileira de vôlei. Jogou todo o carisma e devoção ao esporte por FALTA DE VERGONHA.

“E a vergonha é a herança maior que meu pai me deixou” (“Vingança”, canção de Linda Batista e Lupicínio Rodrigues na saudosa voz de Jamelão).

​Até!

Diógenes Augusto Archanjo da Silva, o Dr. Didi, é médico ortopedista

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