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Jundiaqui

5 de agosto de 2017

Você usa indiscriminadamente o celular? Fique esperto…

Lúcio Dutra escreve sobre o phubbing, definido por ele como falta de educação mesmo

Esse assunto do uso excessivo, indiscriminado e mal educado do celular vem chamando minha atenção a bastante tempo. Recentemente encontrei algumas informações que confirmam pelo menos para mim – o efeito tóxico dessa prática.

Pesquisa que apontam que as pessoas costumam olhar para o celular mais de 150 vezes ao dia. Isso mesmo: mais de 150 vezes ao dia! Essas pessoas não resistem a tentação de responder seus e-mails a qualquer hora, atender a telefonemas que podem esperar ou postar compulsivamente nas redes sociais.

Já se sabe que, aos poucos, esse hábito acaba deixando em segundo plano a pessoa ao seu lado, é como se ela não merecesse sua atenção porque importante é quem está na tela do celular.

Esse comportamento acaba por virar um problema porque os laços afetivos são substituídos pelo celular.

Encontramos em artigos na internet um caso exemplar: “Depois do WhatsApp meu casamento foi ladeira abaixo”. Para essa mulher o aplicativo foi um dos principais motivos que levaram sua união de 11 anos ao fim. “Ele acordava e já pegava o telefone, ia ao banheiro com o aparelho, ficava conectado nas horas de descanso. Todo o tempo livre que a gente tinha era assim”.

E ela conta mais: durante as refeições ele parecia nunca estar presente. Dezenas de notificações pipocavam dos grupos do WhatsApp e na ânsia do marido em responder a todos e se manter na conversa, quem ficava de fora era a esposa e as filhas. “Pedi que ele não o usasse enquanto estivesse na mesa com as crianças”, as filhas escreveram bilhetinhos pedindo para que ele ficasse longe do celular. Não deu certo. “Nossa comunicação começou a ser via WhatsApp. Eu mandava mensagem dizendo que o jantar estava pronto ou que ele precisava cuidar das crianças.”. Dois anos depois, o divórcio. Ela notificou o ex-marido de que estava saindo de casa por intermédio de uma mensagem, como já era costume.

O problema que abalou o casamento dessa senhora tem nome e afeta muitos outros relacionamentos:  chama-se phubbing. Termo criado em 2013, que representa a união das palavras “phone” (telefone) e “snubbing” (esnobar) e é usado quando alguém ignora as pessoas ao seu redor por causa do celular. Em outros tempos, esse comportamento seria chamado simplesmente de “falta de educação” corrigido pelos pais com um pequeno castigo – em tempos modernos os castigos foram abolidos e o problema ficou maior e ganhou nome chique.

Parece pouco? Um estudo da Baylor University, no Texas, aponta que 46% de um universo de 145 participantes afirmaram que o celular interferiu na interação com seus parceiros em diversos graus. Em mais de 20% dos casos, a situação acabou em conflitos.

Sabe-se que o vício em smartphones faz com que 97% dos adolescentes prefiram se comunicar por meio de texto do que face a face com outras pessoas.

É possível que esta estatística possa representar certa timidez dos jovens, mas também – e provavelmente – mostra um quadro alarmante porque, evidentemente, o relacionamento pessoal precisa ser desenvolvido e os jovens precisam deste treino para a vida adulta.

Evidentemente não existe um nível considerado razoável para esse tipo de comportamento. Se estivermos na presença de outras pessoas, o ideal é darmos a atenção total a elas e, caso necessitemos usar o celular, devemos nos desculpar de antemão.

A solução? Não se sabe, mas com certeza passa por uma dose indispensável de sinceridade: diga que estão phubando demais!

Lúcio Dutra é empresário

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