
São quatro jogadores nascidos em Jundiaí neste Brasileirão 2021
Três deles já estrearam, Lucas Pion, Christian e Nenê; o quarto é Guilherme Castellani
O Campeonato Brasileiro 2021 da Série A é especial para Jundiaí, cidade que reúne quatro jogadores inscritos, feio inédito em uma mesma temporada.
São três diferentes clubes que contam com atletas nascidos aqui: o meio-campista Christian do Athletico Paranaense (foto acima), que começou com vitória; Nenê, o veterano meia do Fluminense que perdeu pênalti no empate da primeira rodada; e o lateral-esquerdo Lucas Piton e o goleiro reserva Guilherme Castellani, ambos do Corinthians, time derrotado neste domingo (30).
NENÊ – O meia tem idade para ser pai dos outros três jundiaienses desse Brasileirão. Não foi feliz na estreia do Fluminense, que empatou por 0 x 0 com o São Paulo, no Morumbi. É que Nenê errou um pênalti.
Anderson Luiz de Carvalho, mais conhecido como Nenê, nascido aqui em 19 de julho de 1981, foi campeão da Série C pelo Paulista em 2001 e depois defendeu Palmeiras e Santos antes de ficar dez anos fora do Brasil, com destaque para o futebol francês. Jogou o Brasileirão ainda por Vasco da Gama, São Paulo e Fluminense. Chegou a vice em 2003 com o Santos.
Se foi infeliz no domingo, no meio da semana Nenê brilhou e voltou, após 18 anos, a marcar na Taça Libertadores da América, se tornando o 3º brasileiro mais velho a fazer gol no torneio, aos 39 anos e 10 meses. O apelidado “vovô” marcou no jogo do Monumental de Núñez, na vitória por 3 a 1 sobre o River Plate, da Argentina, na última terça (25). Foi o quarto gol do meia na história da Libertadores. Os três primeiros foram em 2003 pelo Santos.
Agora, só estão à frente dele o ex-goleiro Rogério Ceni, que marcou pelo São Paulo com 40 anos e dois meses; e o ex-lateral-esquerdo e meia Zé Roberto, que fez um gol na competição pelo Palmeiras aos 42 anos e 10 meses. Será que Nenê vai seguir jogando mais duas temporadas em alto nível e marcando gol?
EX-MECÂNICO – Titular do Athletico-PR no Brasileirão e na Libertadores, a história de Christian é feita de lutas. O volante, que nasceu aqui em 19 de dezembro de 2000, só foi começar a jogar no Paraná. Ele contou que juntava moedas para pagar o ônibus em Marmeleiro até Francisco Beltrão, no interior, para ir treinar. Chegou a deixar o futebol de lado para trabalhar como mecânico e tirar seu sustendo antes de ser descoberto pelo Furacão.
Apelidado de Zinho, nasceu em Jundiaí, época em que os pais passaram por graves problemas financeiros. O avô de Christian foi diagnosticado com câncer e depois veio a falecer, quando os pais resolveram ir embora daqui em busca de estabilidade financeira e criar os filhos perto da única avó viva no sudoeste paranaense.
Christian ia sozinho todos os dias de Marmeleiro até a cidade vizinha, Francisco Beltrão, jogar no Projeto Atletas do Futuro. Ganhou convite para jogar no sub-13 da Chapecoense, onde ficou sete meses. É que sua família não tinha condições de mudar para Chapecó, no interior de Santa Catarina, exigência do clube. Foi com 14 anos que começou a trabalhar como mecânico. Christian passou a disputar pelo Marreco, time de futsal de Francisco Beltrão, até que aos 16 anos veio o convite do sub-17 do União-PR. Se deu bem e logo abriu as portas do Athletico em fevereiro de 2017.
Jogou categorias menores, aspirante e passou um período emprestado ao Juventude (RS), voltando em 2020. É sua segunda temporada do Brasileirão. Tem contrato até dezembro de 2024. Tem um gol em cima do Jorge Wilstermann na Libertadores 2020.
NO TIMÃO – Lucas Piton Crivellaro é lateral-esquerdo no Corinthians. Nascido em Jundiaí no dia 9 de setembro de 2000, ganhou chance no time de cima depois da ótima apresentação na Copa São Paulo de Futebol Júnior 2019. Foi promovido ao elenco profissional pelo técnico Fábio Carille e ainda jogou a Copinha de 2020. Conforme dados do site Transfermarkt, hoje ele é o jogador mais valioso do elenco corintiano, com valor de mercado de 5,5 milhões de euros (cerca de R$ 35,88 milhões).
Já o goleiro Guilherme Vicentini Castellani completou 21 anos na última terça-feira (25). Está na segunda temporada entre os profissionais, ao lado de Caique, ambos na reserva de Cássio. Já são sete anos de Timão. Atuou no Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Com 17 anos, disputou sua primeira edição da Copa São Paulo, repetindo em 2019 e 2020. Ele foi revelado pelo Paulista.