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Jundiaqui

 Mãe que morou aqui investiga e prova culpa de PM que matou seu filho
12 de maio de 2019

Mãe que morou aqui investiga e prova culpa de PM que matou seu filho

História de bravura de Tatiana Lima e Silva, 39 anos, ganha destaque no UOL

Na noite de 14 de janeiro de 2017, o estoquista Peterson Silva de Oliveira, 18 anos, foi morto com um tiro na nuca, no Jardim São Luiz, zona sul da capital paulista, enquanto policiais militares dispersavam jovens que estavam em uma festa. O tiro que atingiu o jovem foi disparado por um dos PMs, que acabou preso. Mas isso só aconteceu porque Tatiana Lima e Silva, mãe de Peterson, fez sua própria investigação, conseguiu testemunhas e provou que o policial era culpado.

Os policiais militares disseram, no inquérito, que atiraram porque Peterson atirou contra eles primeiro. Segundo todas as testemunhas, a versão policial é falsa. Um PM foi indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado (com intenção de matar e com três agravantes que podem aumentar a pena).

Tatiana conta que sua luta para provar a inocência do jovem começou pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), onde era mal recebida por ser mãe “daquele que estava atirando na polícia”. Insistente, ela foi contando sua história e encontrou apoio ali mesmo no DHPP tempos depois, quando começaram a ouvir as testemunhas, a história do que de fato tinha acontecido.

“Tiveram de começar a investigar a vida do meu filho. Porque eu queria que fizessem isso para provar que ele era inocente. Eu investiguei. Fui no local depois de alguns dias, sondei alguns vizinhos, o que é muito difícil, porque ninguém quer se comprometer. Ainda mais na periferia. Fui à igreja atrás de câmeras, fui na casa da frente atrás de câmeras, fui em todos os lugares. Não falando que eu era mãe, porque, senão, as pessoas já iriam ficar receosa”, explica. “Depois de um tempo, percebi que a investigação começou a ficar mais séria, depois de eu ter levado as testemunhas. Eu mesmo ia lá, marcava os depoimentos, tudo bonitinho, porque, assim, começaram a mexer no caso dele, me deram atenção”.

Ela completa ao site UOL sobre Peterson, que morou em Jundiaí até os 8 anos de idade: “Se você tem convicção do cidadão que você criou, do cidadão de bem que ele era, você tem que correr atrás. Eu falei que meu filho não podia virar mais um número. Porque, aqui na periferia, todo mundo que morre vira mais um número. Eles matam pelo estado, farda, mostrar para o outro que eles têm poder.” (leia mais)

Fotos: reprodução UOL

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