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Jundiaqui

 A Serra do Japi como inspiração para as artes
12 de março de 2020

A Serra do Japi como inspiração para as artes

JundiAqui te leva para dentro da exposição e de encontro a amantes da natureza

Edu Cerioni

A Serra do Japi ganhou uma grande homenagem neste aniversário de 37 anos de seu tombamento. Artur de Oliveira Silva reuniu 21 artistas que desenvolveram mais de 70 trabalhos inspirados na flora, na fauna e na magia toda da muralha verde que é uma das Sete Maravilhas de Jundiaí. A mostra “Uma convergência de olhares e imaginários” primeiro foi apresentada aos pés da serra e agora sobe ao Centro, a partir desta quinta-feira (12), na Pinacoteca Municipal.

O JundiAqui foi conferir o vernissage do último sábado (7), que começou com um delicioso café da manhã, com incríveis pães, bolos e queijos, na Fazenda Montanhas do Japi, de Hanah Traldi e sua mãe Suzana.

A fazenda ocupa um terreno montanhoso com uma aconchegante pousada de apenas 5 suítes, vários lagos, trilhas, inclusive para se fazer a cavalo, e onde a paz reina absoluta. Fica no Santa Clara e é ponto de encontro para o pessoal da montain bike partir para longos passeios – há bikes para alugar. Outro grupo que adora ficar ali é dos fotógrafos de borboletas e pássaros.

Hanah, que trabalhou com turismo e hotéis em São Paulo, completa ano que vem 20 anos comandando a fazenda que foi do avô Hermes. Ela vê seu trabalho como uma ajuda à natureza, pelo incentivo ao turismo ecológico e pela preservação, afinal 80% de toda a área de 329 hectares segue com mata intocada. Destaque para a figueira centenária e com altura a perder de vista… Veja fotos:

PALESTRA

Com objetivo de divulgar mais a sua importância e defender mais a Serra do Japi, Vânia Nunes Plaza deu uma palestra para artistas e convidados. E ela garantiu que nossa muralha verde está melhor hoje do que 37 anos atrás, quando uma grande mobilização levou a seu tombamento. “Mas os desafios de preservação são diários e não podemos descuidar”, disse a superintendente da Fundação Serra do Japi.

Segundo Vânia, o que é óbvio para ela não é para todos, por isso é preciso sempre alertar sobre a pressão imobiliária e que nem todo turismo é positivo, que tem que ser o ecológico, que respeite a serra como ela merece.

“Jundiaí é uma cidade de 400 quilômetros quadrados e um terço desse território é da serra. Dá para imaginar então sua importância e o quanto nossas vidas estão ligadas a ela diretamente por conta do ar que respiramos, a água que bebemos…”.

Vânia lembrou que ao olharmos da cidade para a Serra do Japi, o que vemos é uma parede de fundo, mas que ao nos aproximarmos temos vida, muita vida que vem sendo construída pela natureza ao longo dos séculos.

A palestra foi registrada em vídeo pela MV8 Produções de Tainan Franco e Rafael Testa.

EXPOSIÇÃO

A mostra de artes reúne trabalhos, em ordem alfabética, de André Crespo, Artur Silva, Carlos Batistella, Cecilia Celandroni, Chrismontez de Brito, Cris Suiter, Dadi, Ede Galileu, Edu Mendonça, Ezio Fornazari, Fábio Cobiaco, Guilherme Kramer, Inos Corradin, Keli Paes, Marcelo Neves, Maria Cristina Lopes, Marilzes Petroni, Marta Gehringer, Pablo Palhais, Pedro Amora, Regina Sartori e Silvia Ruiz. O idealizador Artur lembra que os 21 foram convidados para uma imersão na Serra, e a maioria participou de palestra, fez trilha e almoçou junto. “Nosso foco é na educação ambiental e claro que tínhamos que começar com os próprios artistas”.

Gestor de eventos e guia turístico, Artur (foto acima) diz que a conta ainda não fechou e que até o final do mês ainda dá para contribuir com dinheiro e ganhar recompensa, que pode ser serigrafias exclusivas, bancos feitos de retalhos de madeira etc – click aqui. Artur lembrou que embora ainda no vermelho, “Uma convergência de olhares e imaginários” cumpriu seu papel de abordar a questão da preservação e de dar visibilidade a artistas plásticos da cidade. “Dança, teatro, música têm mais investimentos públicos do que as artes plásticas”, reforça Ede Galileu, fera da HQ e dos desenhos.

Chrismontez de Brito contou que há muito tempo não pintava, anos mesmo, porque estava focado em instalações e que foi diferente fazer as obras sobre a serra. Fábio Cobiaco revelou que usou o JundiAqui como fonte de pesquisa para seus trabalhos.

Veja fotos da mostra:

DIVULGAÇÃO

Quem aproveitou para mostrar seus trabalhos em defesa da vida animal foi a Mata Ciliar…

DE ÔNIBUS

Um detalhe que não passou despercebido foi o uso de micro-ônibus para deslocamento entre estacionamento e a Fazenda Montanhas do Japi. A ideia foi impactar menos o ar com CO².

Fotos: Edu Cerioni

Leia também: Mostra tem arte e natureza pela Serra do Japi

Em tempo: a mostra – nem todos os trabalhos vão ser expostos por questão de espaço – fica em cartaz na Pinacoteca Municipal até 5 de abril, com entrada franca. É na rua Barão de Jundiaí, 109, Centro.

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