
Kekerê saculeja o feriado
Por Edu Cerioni – Tradição que começou em 2017, o Kekerê animou o feriado da Padroeira de Jundiaí no Bar Natura. Boa comida, muita cerveja e som dançante da melhor qualidade marcam essa festa.
Já foi feijoada, depois vaca atolada e desta vez feijão tropeiro, um prato mineiro que sustentou o samba reggae, o axé e o afoxé com os dois pés na Bahia por várias horas, para alegria de Vanderlei B.A. Vitorino, criador do Kekerê ao lado de Tom Nando.
Tom e Renato Vianna fizeram uma dupla em duas frentes de ataque: na cozinha e no palco. Eles é que prepararam a comida antes de se jogarem na cantoria, junto com Mil Taroba. O batuque foi de Pedro Ivo, Camilinha e Bira, com Décio Scale nas cordas.
E, como não pode faltar, a incansável Ignezinha do Pandeiro, do alto de seus 93 anos, fez a festa da plateia. “Espacata, saculeja, olha ela, que beleza, Ignezinha do Pandeiro”, diz a música de autoria de Tom, que todos cantaram o refrão junto com a batida no pandeiro dessa que já foi professora e hoje dá lição com sua alegria de viver.
Incrível como o microfone transforma Taroba do sujeito tímido em uma Alcione de calça comprida – embora às vezes use saia também. Soltou a voz e foi para o meio da galera.
A Solange, que junto com o marido Dori toca o Natura há quase 40 anos, filmou tudo com o celular para jogar no Facebook ao vivo. Pura empolgação no meio dos fregueses. Que cantaram e dançaram gostoso.
Tom, Renato e Décio fazem parte da Banda Refogar, que toca dia 23 em festa do Refogado do Sandi em Jarinu, na linha propriedade de Hildebrando Pinheiro, que foi ao Natura prestigiar o Kekerê. Também a presença de Gisela Vieira e Iliana Mendonça, cabeças do Refogado.
Giumara Pagano, Sandrinha Pereira, Alessandra Sanches, Martha Rocha, Silviane Vacari e Tony foram ajudantes de cozinha.
A primeira rainha do Refogado do Sandi, Ana Regina Borges Silva, foi a sortuda da vez: ganhou uma estadia com acompanhante e direito a jantar, café da manhã e almoço no Montanhas do Japi de Hanah Traldi, prêmio que todos cobiçaram. Ela que tinha ido à missa da Padroeira Nossa Senhora do Desterro pela manhã neste 15 de agosto e que contou ter adorado a firmeza do sermão do bispo Dom Arnaldo Cavalheiro em defesa da vida dos palestinos.
Antes do batuque, quem contou histórias do tio Germano Bandeira, que faleceu recentemente, foi Bira. Germano foi das páginas do JundiAqui para a “Folha de São Paulo”, que mostrou um pouco sobre o saudoso jundiaiense que brilhou como o Palhaço Boa Cabeça ou como Papai Noel.
Presença na festa de quatro donos de cadeiras da Academia Jundiaiense de Letras, Luiz Alberto Carlos, único negro da AJL, Rosana Congilio, Thaty Mandondes e eu, que fui presenteado com um coro fantástico ao final da folia – a maioria de mulheres entoou um “Edu, Edu, Edu”, em gratidão pelas fotografias que faço nestes últimos 11 anos para O JundiAqui.
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