Projeto musical que nasceu em 2017 e vem agitando nosso Carnaval, este domingo (2) volta a ter o Baile da Maravilha, um bloco diferentão que é idealizado e organizado pela multiartista, musicóloga, educadora e DJ Maravilha (a Dora Mendes Reis). É na praça Ruy Barbosa, no Centro, que outra vez deve ser tomado por uma multidão como no ano passado (foto abaixo).

O baila foi criado como uma festa no Bar do Haules, onde a DJ foi residente por 5 anos, depois circulou diversos espaços da cidade e em 2020 se transformou em bloco – parou 2021 e 2022 como todo o Carnaval de Jundiaí, mas voltou com tudo em 2023.

A artista, que nasceu no Rio de Janeiro e foi criada entre Jundiaí e Salvador no seio de uma família de baianos, se apaixonou pelo samba e pelo Carnaval desde cedo, influenciada por seus pais que também são músicos, compositores e colecionavam discos nos anos 90. Eles apresentaram a obra de artistas como Chico César, Djavan e Daniela Mercury à Dj quando criança e mais tarde, quando teve contato com o hip hop, se apaixonou pela discotecagem e entendeu que poderia combinar diferentes universos sonoros com os toca-discos.

Desde o início, o projeto tem como foco celebrar a música em sua diversidade, principalmente a MPB e a música negra. O destaque fica para a cultura da discotecagem, que é o pilar fundamental do baile. Através dessa liguagem a DJ combina sons clássicos que animaram décadas anteriores no país e no mundo e apresenta jóias que movimentam a produção musical da atualidade.

“Durante o Carnaval a festa fica especialmente ainda mais dançante e animada, com ritmos que fazem parte dessa que é a maior festa de rua do mundo”, diz Maravilha.

O Baile Maravilha costuma receber convidados DJs, cantores, compositores e bailarinos promovendo espaço e visibilidade para artistas do presente, principalmente aqueles que têm o experimento como parte de suas pesquisas na música. “É um bloco que visa promover um espaço seguro para todos curtirem, se divertirem e se expressarem”.

A cada ano surpreende com participações de peso e, apesar de trabalhar com line ups e equipes diversas, o protagonismo se concentra principalmente no trabalho de artistas mulheres.

A DJ assegura que “o público pode esperar muito alto astral, músicas para toda a família dançar, mensagens de positividade, paz, alegria, autoconfiança e resistência com sucessos de grandes talentos como Gilberto Gil, Margareth Menezes, Daniela Mercuri, Ivete Sangalo, Olodum, Tim Maia, Gal, Jorge Ben, O Rappa, Nação Zumbi, Baiana System, Luedji Luna, Larissa Luz e destaques da música pop atual como Ludmila, Anitta e Marina Sena”.

A festa começa com um clima de nostalgia, encontra sucessos atuais e finaliza em clima de festa com pop e funk. “Vem que tem música pra todos os gostos”, assegura ela.

Esse ano o baile conta com o show da DJ Maravilha, 3 DJs convidados, o Jota Wagner, a Carol Ueno e a Vivi Varela, e participações das cantoras Jusa Groove, potente voz paulistana, e a rapper Lurdez da Luz, uma das precursoras do hip hop feminino em Sampa.

A festa deste 2 de março no Centro começa às 14h e se encerra às 17h30.

Na sequência, nesse mesmo horário, o Baile continua na festa oficial pós-bloco na boate Space House, cerca de 200 metros de distância da praça, na rua Major Sucupira, 220. O ingresso custa R$ 15,00 e o line up conta com Maravilha e os Djs Nasty (criador do Favela Sound System), Pethit (criador do Bloco da Trash, que desfila na segunda-feira), e Vivi Varela, que mais um ano anima o after do bloco.

Para sabe mais, acesse o www.paisdamaravilha.com/bailedamaravilha.