
Basilides: 83 anos e cada vez mais em cena
Atriz de teatro, Basilides Ortega vem mostrando suas muitas caras também no cinema. A “vovózinha italiana” da Festa da Uva grava seu sexto filme neste final de abril, um seguido do outro desde o fim da pandemia da Covid-19 para cá. É o primeiro como protagonista e desta vez vai incendiar o público como uma vendedora acidental de maconha. As locações acontecem na Ponte São João.
Aos 83 anos, é a mais veterana em cena da dramaturgia jundiaiense e vive o melhor momento da carreira, o que lhe garantiu o prêmio de Melhor Atriz no Los Angeles Short Film Award, nos EUA, em 2024.
A popular Basi diz que teve ótimos professores e isso facilitou seus estudos para ser atriz, “uma paixão proibida que me acompanhava desde criança e agora aflorou de vez”.
Na infância e na juventude, ela recorda, foi impedida pelo pai de fazer teatro. Depois se casou, teve filhas e só quando se tornou avó, aos quase 50 anos de idade, é que decidiu mesmo encarar os desafios do palco. Brilhou e vieram os convites para filmes. “Tive apoio das filhas e do meu marido, tirei DRT, inclusive”, fala a viúva, sobre o registro profissional para atuar.
Entre os filmes estão “A Equilibrista” e “Dona Irene”. Entre as peças, cita “Marmelo, Marcelo e Martelo”, na qual fez três personagens. Já em “Chapeuzinho Vermelho” foi… a famosa vovózinha, é claro! No monólogo “Brigitte”, representou uma senhora de 80 anos em busca de libertação de um passado de traumas e agressões.
O começo foi com Jô Martin no Ballet Teatro Oficina, trabalhou ainda com Alexandre Ferreira, Claudio de Albuquerque, Marcelo Peroni e outros.
Já foi ao programa “A Hora do Faro” para se encontrar com o ídolo Moacyr Franco.
Fotos: Arquivo JundiAqui e Álbum Pesssoal