LOADING...

Jundiaqui

 Dos mais de mil gols de Pelé, três foram em cima do Paulista de Jundiaí
29 de dezembro de 2022

Dos mais de mil gols de Pelé, três foram em cima do Paulista de Jundiaí

O mundo do futebol dá adeus nesta quinta-feira (29) ao Rei Pelé, aos 82 anos. O tricampeão mundial pela Seleção Brasileira, bicampeão do mundo pelo Santos, maior artilheiro da história do futebol e o maior jogador de todos os tempos, acumulou recordes ao longo de sua carreira, jogando ainda pelo New York Cosmos, Seleção Paulista e alguns combinados. Dos 1.282 gols que fez em 1.375 jogos, três foram contra o Paulista de Jundiaí. O nosso Galo da Japi encarou o Santos de Pelé em cinco oportunidades, sem ganhar nenhuma.

Em homenagem póstuma, resgatamos aqui a história de Pelé, que nasceu Edson Arantes do Nascimento, relacionadas a Jundiaí ou que tenham ligação com quem nasceu ou viveu na terrinha, como Dalmo Gaspar e o goleiro Lourenço. Tem até um tropeço do Rei: o Campus Pelé, que frustrou muita gente na cidade.

CONTRA O PAULISTA

Foram apenas cinco confrontos, quatro deles oficias, bem equilibrados e válidos pelo Campeonato Paulista, com três vitórias santistas e um empate.

O primeiro encontro foi festivo, no dia 30 de dezembro de 1958, ou seja véspera do Réveillon, com o Santos ganhando por 3 x 0, e Pelé deixando sua marca de artilheiro duas vezes – foram os gols 157 e 158 da carreira profissional que chegava então a 143 partidas. Foi em 1958 que o Galo passou a mandar definitivamente seus jogos no Estádio Dr. Jayme Cintra, no Jardim Pacaembu.

Em jogos oficiais, o primeiro aconteceu em 2 de março de 1969, no Jayme Cintra, quando o Santos venceu de virada por 2 a 1. Naquele mesmo ano, no dia 28 de maio, Pelé marcou um gol contra a equipe de Jundiaí, na vitória por 3 a 2 na Vila Belmiro, baixada santista – foi seu gol de número 967 na carreira.

O empate foi registrado em 18 de abril de 1971, 0 x 0.

Sem gol dele, o Santos ganhou por 1 x 0 em 9 de maio também de 71.

Em 1969, o Paulista ficou em último lugar entre 20 equipes e o Santos foi o campeão. O time jundiaiense foi rebaixado e depois conseguiu uma reviravolta, porque os clubes resolveram que ninguém cairia naquele ano. Em 1971, o Paulista foi 11º entre 12 e o time de Pelé, quarto.

Os dados são de fontes como os acervos oficial do Santos Futebol Clube e a Revista Placar. Somente com a camisa do Santos, Pelé balançou as redes adversárias 1.091 vezes. Com a seleção brasileira, somando jogos oficiais e amistosos, são 95 tentos. Já no fim de carreira, quando atuou pelo Cosmos, o craque anotou outros 64 gols. Os demais 32 gols que Pelé anotou foram por combinados como a seleção paulista, um time misto de Santos e Vasco, seleção do exército e seleção do sudeste.

O time que mais sofreu com o artilheiro foi o Corinthians, em quem ele fez um total de 50 gols. Do Interior, o Botafogo de Ribeirão Preto levou 41 gols.

Entre 1961 e 1970, o Rei do futebol ajudou o Santos na conquista de 7 títulos do Campeonato Paulista (1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969), 3 do Torneio Rio-SP (1963, 1964 e 1966), 6 do brasileiro (1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968), 2 da Libertadores (1962 e 1963), 2 do Mundial de Clubes (1962 e 1963) e 1 da Recopa Sul Americana, entre outros torneios internacionais. Os brasileiros foram 5 conquistas da Taça Brasil e uma do Troféu Roberto Gomes Pedrosa.

Com a Seleção Brasileira, ele estreou e já ajudou na conquista da Copa do Mundo de 1958, depois nas de 1962 e 1970.  Sua aposentadoria foi no New York Cosmos, dos Estados Unidos, em 1977 – depois fez um ou outro amistoso, mas sem compromisso nenhum.

AO LADO DE DALMO GASPAR

Muitas das conquistas de Pelé pelo Santos contaram com a presença de um jundiaiense ilustre, o também saudoso Dalmo Gaspar. Ele ganhou Paulistão, Taça Brasil, as Libertadores e os Mundiais. O momento mágico vivido por Dalmo aconteceu no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, no dia 16 de novembro de 1963, quando fez o gol da vitória santista diante do Milan, de pênalti, na consagração com o bicampeonato mundial.

O lateral-esquerdo faleceu aqui na cidade em 2 de fevereiro de 2015.

PAREDÃO PAROU REI

O goleiro Lourenço, que desde 1978 mora em Jundiaí e defendeu o Paulista Futebol Clube, entrou para a história do Rei do Futebol em jogo pelo estadual de 1971, quando defendia o São Bento de Sorocaba e pegou um pênalti batido por Pelé.

Foi no dia 5 de maio e a partida em plena Vila Belmiro. Pelé foi derrubado na área aos 38 minutos do segundo tempo. Lourenço lembra que o Rei fez a tradicional “paradinha”, mas que ele acertou que a bola iria no canto esquerdo, conseguindo fazer a defesa.

DE SONHO A PESADELO

Em 2008, Pelé veio a Jundiaí para apresentar um projeto que levava o seu nome, com a finalidade de preparar jovens jogadores brasileiros para o êxito no futebol europeu. O Campus Pelé seria construído aos pés da Serra do Japi, em parceria com a Associação Cintra Gordinho e com dinheiro vindo da Suíça, em uma ação financeira complexa para financiá-lo e que incluía investidores do Lausanne-Sport.

O Campus Pelé teria até aulas de línguas estrangeiras para os jovens jogadores, além de prepará-los para administrar seu dinheiro. Ocuparia uma área de 300 mil m², com promessa de movimentar US 10 milhões ao ano. Dois anos depois, restou frustração a todos os envolvidos.

Aqui teve até festa para receber o Rei do Futebol, que saudou a criançada, que conversou animadamente com Eduardo Palhares, em evento com o então prefeito Ary Fossen discursando, fanáticos torcedores – como Cláudio Levada – vibrando ao conseguirem autógrafos na camisa do Santos e… bola fora.

Fotos: reprodução Facebook, “Jornal de Jundiaí” e Santo F.C..

Prev Post

2023 é ano generoso em…

Next Post

Jundiaiense Alexandre da Silva no…

post-bars

Leave a Comment