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 Escritora alerta sobre casamento de meninas menores de idade
25 de janeiro de 2020

Escritora alerta sobre casamento de meninas menores de idade

 

Luiza Sartori Costa lança livro

O trauma da violência sexual, que pode ser irreversível em alguns casos, está presente em parte dos casamentos infantis – que envolve em torno de 12 milhões de meninas menores de idade no Brasil, que fica em quarto lugar no ranking global.

Apesar do número alto, a situação proporcional é melhor que em países como Níger, na África, ou Índia, na Ásia. É suficiente para notar a gravidade do cenário.

Por isso o reforço dos acordos internacionais sobre o tema é o caminho indicado por Luiza Sartori Costa no livro “Casamento Infantil (Infância roubada apor graves violações dos direitos humanos das crianças)”, da Hucitec Editora.

 

Ela sabe – e mostra – que o desafio é enorme. Principalmente porque muitas vezes o pano de fundo é econômico (desde as tradições remotas do dote aos modismos do tipo “sugar daddy”).

Surgido de pesquisas do curso de Relações Internacionais da FACCAMP, o livro aproveita o 71º aniversário da Declaração Universal de Direitos Humanos para olhar as meninas. O assunto estava presente por causa de abusos na 2ª Guerra, mas apenas em 1979 ganhou esforço nas Nações Unidas – e dez anos para o consenso de uma convenção a respeito, com 54 artigos, sem nenhuma penalidade.

“É preciso notar que a criminalização pura pode piorar o ciclo. Um dos caminhos, feito por muitos projetos, é empoderar as meninas”, diz Luiza, que atuou em projetos de voluntariado.

A gravidez na adolescência, nessa opinião, é negativa tanto no abandono como no casamento apressado – com raras exceções. Para Luiza, os riscos são biológicos ao corpo materno recente – entre outros.

O livro, enfim, é um libelo de tons feministas pelos direitos da infância estendida, como entendem os acordos mundiais, à faixa abaixo dos 18 anos.

O prefácio é de Carla Cristiane Lopes Corte e a apresentação de Natalia N. Fingermann. Uma nota de apoio da ONG Plan International Brasil também está presenta na contracapa.

Outras colaborações laterais foram de José Arnaldo de Oliveira na pré-leitura e de Regina e Jairo Ramos Tofanetto na arte de capa. A autora também registra a experiência na ONG Sonhar Acordado como influência.

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