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Jundiaqui

 Jundiahy de 1771 já tinha mulher fazendo cerâmica
31 de agosto de 2023

Jundiahy de 1771 já tinha mulher fazendo cerâmica

O Arquivo Histórico de Jundiaí fez uma interessante descoberta com base em documento do final do século 18: a “Lista Geral do Povo da Villa de Jundiahy de que he Capitão Mor Antonio Pedrozo de Moraes” informa a presença de mulheres solteiras e viúvas que viviam de fazer cerâmica, com comprovação teórica de ascendência indígena.

A partir do documento de 48 páginas, estima-se a então Jundiahy (grafia que caiu em desuso) fosse habitada por 2.100 pessoas. Havia ainda 387 residências – uma lista traz o número de moradores, incluindo os escravizados e os agregados, em território de 2,1 mil quilômetros quadrados, estendendo-se o território de Jundiahy a regiões dos atuais municípios de Campinas, Itupeva, Itatiba, Louveira, Vinhedo, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e adjacências.

Os estudos sobre a “Lista de 1771” revelam a predominância de residentes da atual região central dedicados ao setor de serviços, como sapateiros, ferreiros e até um cabeleireiro. Já sobre a agricultura, antes das famosas monoculturas cafeeira e canavieira, na vida camponesa da então Vila havia a predominância da produção de milho, com feijão, algodão, amendoim, arroz e fumo na sequência – com a insipiente presença da cana, refutando a ideia de que houvesse engenhos por aqui naquele período.

Entre os habitantes identificados que ocupavam a região central da Vila, o Arquivo destaca Caetano José Gonçalves Couto, escravizado livre de 23 anos. Além de ser o único da lista identificado como “dedicado à arte da Música e mestre de capela” como profissão, Caetano foi também um símbolo da resistência negra, acusado de desobediência e insubordinação durante combates na região de São Bernardo.

Foto meramente ilustrativa/ Reprodução “El País” por Tônia Loiceira

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