Empresário ajudou instituições, colocando dinheiro e também trabalhando em festas

Edu Cerioni

Neto de libaneses, Silvio Gebram sempre brincava com a história de ser chamado por muitos de turco e que isso remetia a alguém mão fechada. Nunca foi bobo de jogar dinheiro fora, pelo contrário, mas essa descendência nunca o impediu de ajudar os carentes.

Eu mesmo o conheci de avental branco, servindo refeições em festas para angariar fundos. Foi diretor da Casa Transitória Nossa Senhora da Aparecida, instituição que faz acolhimento de menores em risco social, tendo colaborado fortemente com outras entidades do gênero.

Esse sorriso aberto das fotos desta página são de novembro de 2017, em almoço no salão de festas da Igreja da Roseira.

Do mesmo modo em que buscava apoiar financeiramente, o voluntário Silvio usava seu prestígio para arrecadar mais dinheiro com o empresariado de Jundiaí, sempre promovendo a transparência das contas, um diferencial.

CURIOSIDADE

Sílvio fez curso de gastronomia e mostrava sempre os dotes de chef aos amigos. Para quem gosta de boa comida, deixou uma receita eternizada na cidade: leva seu nome um prato no restaurante alemão Uhlen Haus, da rua Marechal Deodoro da Fonseca, no Centro. Eis a “Salada de Rúcula à Silvio Gebram”, com rúcula precoce, alface, tomate seco, mussarela de búfala, azeitonas pretas e molho americano. Custa R$ 58,00.

HONRARIA

Silvio Gebram recebeu, em 1987, a Ordem do Mérito “Comendador Giuseppe Franco”, comenda oferecida pela Câmara Municipal de Jundiaí, por orientação do então vereador Miguel Haddad, por se destacar no cenário local.

Em tempo: a maioria dos descendentes de árabes era chamado de turco no passado, porque chegava aqui com o passaporte turco-otomano. Na época dos antepassados de Gebram, o Líbano não era um país independente.