Tarcísio Germano de Lemos faleceu nesta sexta-feira (17), aos 95 anos de idade. Advocacia, literatura e política jundiaienses perdem um de seus maiores expoentes.

Doutor Tarcísio ocupou quase todos os cargos públicos municipais, entre os quais os de vice-prefeito, presidente da Câmara Municipal, secretário municipal de Educação e secretário de Negócios Jurídicos.

Foi presidente e diretor de várias associações e clubes de Jundiaí, tendo sido orador, desde os tempos de estudante secundário, em incontáveis centros de estudos, de debates e das classes liberais; conselheiro do Clube dos Trovadores de Jundiaí; professor catedrático de Direito Penal e Processo Penal e militante na imprensa jundiaiense.

Também era membro da Academia Jundiaiense de Letras Jurídicas e Academia Jundiaiense de Letras, da qual era dono da cadeia número 40.

Recebeu, entre outras honrarias, os títulos de cidadão honorário de Jundiaí e de Trenton/New Jersey, USA; a Cruz do Reconhecimento Social e Cultural e Libertadores da América, da Câmara Brasileira de Cultura; a Medalha Petronilha Antunes, da Câmara Municipal de Jundiaí; a Comenda Benito Juarez, da União Cultural Brasil e México; a Medalha Cultural e Cívica José Bonifácio de Andrada e Silva, da Sociedade Brasileira de Heráldica e Medalhística; a Medalha Pero Vaz de Caminha, outorgada pelo Instituto Histórico e Cultural; a Medalha Presidente Stroessner, outorgada pelo Itamaraty em 1957; a Comenda Ulisses Guimarães, outorgada pela Ordem dos Parlamentares do Brasil; a Cruz do Mérito Filosófico Cultural da Sociedade Brasileira de Filosofia, Cultura e Ensino; e a Soberana Ordem de D. Pedro I.

Publicou O Tribuno e a Tribuna, com os discursos feitos durante sua vida pública e Os Direitos Humanos dos Plebeus e dos Párias, em defesa dos presos do Manicômio Judiciário do Estado de São Paulo, que foi incluído, em seu inteiro teor, no livro A Revolução dos Loucos, do jornalista Percival de Souza.

Lançou Eu e Petronilha, livro de crônicas sobre seus 50 últimos anos de Jundiaí.