Emílio Trevisan jogou no Paulista, adorara jogar truco no Natura e morou décadas na Vila Graff

Foi na madrugada desta quarta-feira (5) que Jundiaí perdeu o mais que centenário Emílio Trevisan. Nascido na Buenos Aires de 19 de julho de 1914, foram quase noventa anos morando aqui em Jundiaí.

Seu Trevisan se considerava um jundiaiense nato, com direito a ter defendido as cores tricolores do Paulista Futebol Clube na juventude. Era o vovô de todos os atletas do Galo. Foi também funcionário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e vivia perto do trilhos, na Vila Graff – embora lamentasse que os trens de passageiros não passassem mais por ali. Sua casa, na verdade, dava para a avenida aberta para a ligação da avenida dos Ferroviários com a Ponte São João, de onde via toda a movimentação apressada de uma cidade não lhe era mais tão familiar.

Seu Trevisan foi casado por quase setenta anos com dona Letícia, com que teve as filhas Célia, Diva e Rosângela, que lhe deram suas grandes paixões, os sete netos e dois bisnetos. Era viúvo desde 2013. Se conheceram quando o pai de Letícia era dono de uma pensão que o hospedou em Rio Claro, em um curto intervalo que deixou de morar aqui.

Além do Paulista, costumava contar aos amigos do Bar Natura, onde jogava truco, que tinha defendido o Guarani de Campinas e a Portuguesa de Desportos. Mas torcia mesmo era pelo Palmeiras. Ia ao Vianelo até os 95 anos dirigindo seu carro e aos 100 foi viajar com a turma.

Foto: reprodução Facebook