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Jundiaqui

 Atriz do primeiro beijo na TV deixou livro em Jundiaí
3 de maio de 2021

Atriz do primeiro beijo na TV deixou livro em Jundiaí

Vida Alves esteve na cidade em 2014 para lançamento de biografia publicada pela Editora In House. Morreu 88 anos

José Arnaldo de Oliveira

A atriz Vida Alves, mineira de Itanhandu que morreu aos 88 anos de idade em janeiro de 2017, foi pioneira ao interpretar o primeiro beijo televisionado em 1951 na antiga TV Tupi. Ela deixou memórias publicadas pela editora In House e morou por alguns anos no antigo Grande Hotel, no centro histórico de Jundiaí.

O livro foi lançado em 2014 e chama-se “Televisão Brasileira: O Primeiro Beijo e Outras Curiosidades”, que em 200 páginas registra memórias dos primórdios da televisão brasileira – seu surgimento, a criação dos primeiros grupos de comunicação televisivos e o início da teledramaturgia – com seriados, teleteatros e novelas não diárias, feitas ainda ao vivo.

O histórico beijo técnico foi encenado com Walter Foster na novela “Sua Vida Me Pertence”. Mas a simpática Vida Alves também deu em 1963 o primeiro beijo gay da TV nacional. Foi mais sugestivo que efusivo e aconteceu, segundo a Folha de São Paulo, com a colega Geórgia Gomide (1937- 2011) como parte da novela gravada ao vivo em teatro chamada “A Calúnia”.

Foram mais de 25 telenovelas, três filmes e um programa de rádio.

O lançamento de seu livro na cidade ocorreu em 6 de junho de 2014, na Biblioteca Pública (no Complexo Argos). Além de suas histórias, deram depoimentos para a obra artistas como Lima Duarte, Rolando Boldrim, Laura Cardoso e Eva Wilma entre outros, além de 150 imagens. O esforço do livro somou-se com sua luta como presidente do Museu da TV, que busca preservar os tempos pioneiros da televisão no Brasil.

Sobre o tal primeiro beijo, ela contou em 2001 ao portal G1 que o parceiro Walter Forster era também o diretor artístico da novela. “Ele explicou ao meu marido, numa visita à minha casa, como seria. Absolutamente marcado: tal postura, tal olhar, a boca ligeiramente aberta, me aproximo e fico uns segundinhos. Assim foi feito, sem ensaio, tudo ao vivo. Foi esteticamente bonito, romântico e simples”, definiu.

Para a época, essa cena ao vivo depois tão comum na tevê não foi nem mesmo registrada em foto – talvez por algum tipo de autocensura do fotógrafo da emissora. Mas a luta de Vida Alves pela história dessa mídia rendeu uma homenagem a ela na novela “Um Só Coração” e uma biografia publicada pela Imprensa Oficial, chamada “Vida Alves: Sem Medo de Viver”.

 

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