Francisco Drezza falece aos 96 anos, mas deixa uma história única na aviação nacional

A Força Aérea Brasileira (FAB) está em luto por conta da more de Francisco Drezza, o primeiro controlador de tráfego aéreo do Brasil. Ele faleceu nesta terça-feira (10), em Alphaville.

Drezza se formou na primeira turma de controladores da Escola Técnica de Aviação, em 1945. “Eu era um caipira de Jundiaí quando saiu a programação para inscrição na ETAv. Como eu já era mecânico, então eu queria ser mecânico. Mas no exame psicotécnico da Aeronáutica, me disseram que eu devia ser controlador de voo, mas ninguém sabia sobre isso, nem os pilotos”, disse Drezza em vídeo produzido pelo DECEA – Departamento do Controle do Espaço Aéreo, que homenageou o jundiaiense ano passado.

“Nós éramos os principais combatidos pelos próprios pilotos. Era como um desrespeito o terceiro sargento dar ordem aos pilotos. Éramos combatidos. Quando entramos era uma briga, entre nós e eles”, relembrou.

Um dos fundadores da Torre de Controle do Aeroporto de Congonhas, ajudou a produzir as primeiras Cartas da Navegação Aérea do Controle de Aproximação de São Paulo.

Como reconhecimento de seu legado e dedicação, o auditório do Centro de Operações no Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo leva o nome de “Auditório Francisco Drezza” desde o final de 2019.

O enterro do corpo de Francisco Drezza contou com homenagem da Força Aérea no Cemitério Nossa Senhora do Desterro.