LOADING...

Jundiaqui

 Naquela mesa de sinuca agora está faltando o Dr. Luiz Pedro Pescarini
19 de abril de 2020

Naquela mesa de sinuca agora está faltando o Dr. Luiz Pedro Pescarini

Por mais de 30 anos ele atuou na perícia médica do INSS, fez atendimento no Game, no Hospital Maternidade e outros

Coincidência do destino, o médico Luiz Pedro Pescarini disse adeus exatamente no Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril.

Aos 84 anos, desfrutava a merecida aposentadoria em seu sítio no Santa Clara, em meio à natureza. Adorava, tanto quanto o verde do Palmeiras e do pano da mesa de sinuca para jogar com os amigos. Tinha um olhar apurado, desenvolvido ao longo de anos como perito médico. Era mirar a bola e não errar, assim como acontecia com a maioria dos que tentavam se encostar no INSS sem que fossem realmente doentes.

Luiz Pedro nasceu em maio de 1935. Neto de imigrantes italianos, cresceu na roça ao lado dos pais e de duas irmãs e quatro irmãos, com os quais costumava jogar futebol. Saiu do então Distrito da Rocinha para se formar em medicina no Rio de Janeiro. A Rocinha pertencia a Jundiahy (era escrita assim, com “h” e “y” mesmo) e desde 1949 passou a ser a cidade de Vinhedo.

Cursou a Faculdade de Ciências Médicas da UEG, atual UERJ, entre 1954 e 1960. Ficou ainda por 10 anos na Cidade Maravilhosa, se especializando e trabalhando. Foi onde conheceu a mulher Vera Lúcia, também médica, com que se casou em julho de 1967.

Em julho de 1970, em meio a folia do Brasil tricampeão da Copa do Mundo, se sentiu abraçado por Jundiaí. E aqui foram vários os lugares em que atou em mais de três décadas, começando pela Perícia Médica do INSS, Clínica Geral no INAMPS, Atendimento Ambulatorial no Game, Hospital Maternidade e Tusa. Foi ainda clínico no Hospital de Psiquiatria da Várzea Paulista. Após se aposentar, trabalhou como auditor na Unimed Jundiaí por mais de 10 anos.

O Dr. Pescarini e a Dra. Vera tiveram quatro filhos, dois deles nascidos no Rio e dois aqui. Os cariocas radicados em Jundiaí são Maria Helena e Luiz Eduardo, que também é médico – este casado com Melissa, pais de João Pedro e Murilo. Aqui nasceram Ângela (casada com Ricardo, com quem teve Rafaela e Marina) e Cristina (casada com Vitor).

Nos últimos tempos, ele se dedicava a cuidar do sítio no bairro Santa Clara, aos pés fa Serra do Japi, lugar que gostava muito de ficar apreciando a natureza.

Quando saia de lá era para curtir um bom restaurante, de preferência com sobremesa com doce de abóbora com côco, ou frequentar o Sesão. Fazia parte da famosa Turma do Tric Tric, amigos de ginástica e futebol. Fanático pelo Palmeiras, acompanhava todos os jogos pela TV e torcia muito.

Férias era na praia, não mais as cariocas e sim a de Barequeçaba,  junto a filhos e netos. E lá rolava músicas italianas, que eram pura emoção. E, como lembra a esposa, não poderia faltar “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga.

“Fez grandes amigos durante a sua jornada e deixou um grande legado para todos nós”, completa Melissa, advogada que tem orgulho de ter levado o sobrenome do sogro para seu escritório, o Pescarini, Botteon e Roveri. Fotos: Arquivo Pessoal

 

Prev Post

Jundiaí tem 20 casos positivos…

Next Post

Vêm aí 20 mil máscaras…

post-bars

Leave a Comment