LOADING...

Jundiaqui

 Neusa Giarola Savoy escreveu seu nome no trabalho de reabilitação em Jundiaí
9 de junho de 2020

Neusa Giarola Savoy escreveu seu nome no trabalho de reabilitação em Jundiaí

A dona do Escritório Colônia também era presidente do Centro de Reabilitação que ajudou a criar

Edu Cerioni

Seu nome era Neusa e seu sobrenome bem que poderia ser Reabilitação, com erre maiúsculo. Neusa Giarola Savoy, que faleceu na noite desta segunda-feira (8), aos 76 anos, teve papel fundamental para a criação e manutenção do Centro de Reabilitação de Jundiaí, que completa 40 anos agora em 2020. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos e que atende algo em torno de 180 mil pacientes todos os anos. Dá para imaginar? E fez isso sempre como um trabalho voluntário.

Dona de um lindo cabelo prateado, a elegante Neusa dançou em outubro passado na comemoração dos 39 anos do CRJ, ao som da Banda Stethophonics, formada por médicos. O ano de 2019 foi especial para ela. Em março recebeu homenagem no Dia Internacional da Mulher como destaque da cidade na visão do Rotary Club de Jundiaí Leste. E ainda brindou os 50 anos, Bodas de Ouro, do seu Escritório Contábil Colônia. Em todas as festas, esbanjou alegria e emocionou a todos com seu afeto.

Filha de italianos que nasceu em plena Segunda Guerra Mundial em Tupi Paulista, Neusa adotou Jundiaí como sua terra desde 1951. E o jundiaiense agradece por seu empenho em erguer e manter vivo o sonho do Centro de Reabilitação Jundiaí, que fica na rua Barão de Teffé, no Anhangabaú.

São mil metros quadrados e dois andares, sendo que em um deles oferece atendimento de fisioterapia nas mais diversas áreas, quer motora ou cerebral. No outro recebe cerca de 300 crianças que têm dificuldade de aprendizagem, distúrbio emocional, que são vítimas de graves problemas familiares. Ali três vezes por semana e por dois anos, ganham acompanhamento com psicólogos, pedagogos e outros profissionais, uma atenção que chega até sua família e melhora a vida de todos.

Uma curiosidade: Neusa veio ao mundo em dezembro de 1944 e só foi registrada em maio de 1945, por conta da hostilidade aos italianos na época. Hostilidade essa que ela transformou em amor e força de trabalho.

Filha de imigrantes que aqui se estabeleceram em 1920, instalando uma fábrica de óleo de mamona que foi trazida desmontada da Itália, a família colaborou com o desenvolvimento econômico da cidade.

Neusa abriu o Escritório Contábil Colônia em 1969, com o marido Jair Savoy e tendo a colaboração da irmã Anita Giarola, todos falecidos. Nos últimos anos divida as responsabilidades ali com o filho Renato e a nora Edna. Tinha orgulho de dizer que ajudou na formação de cerca de 200 funcionários, muitos iniciando seu aprendizado no escritório e que hoje são profissionais da área na cidade.

Ao JundiAqui lembrou ano passado que o começo era de documentos escritos com caneta bico de pena e tinta, mas que ela também tinha se rendido à informatização.

Na festa do Rotary Club, outras homenageadas foram Cristina Harumi Adania, da Mata Ciliar, e a educadora e advogada Lúcia Helena Andrade Gomes.

Neusa deixou ainda as filhas Ana Paula, contadora na cidade de Jarinu, e Cláudia Maria, dentista da Colônia, além de netos.

Fotos: Edu Cerioni

Prev Post

Mario Gragnani acelerou o ritmo…

Next Post

Mais 4 óbitos e Jundiaí…

post-bars

Leave a Comment