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Jundiaqui

 O bê-a-bá da música é o legado deixado por Josette Feres
9 de junho de 2020

O bê-a-bá da música é o legado deixado por Josette Feres

Dona da EMJ criou um jeito revolucionário de iniciar os bebês na musicalidade 

JOSETTE SILVEIRA MELO FERES

*Brotas 22.08.1993 +Jundiaí 08.06.2020

Josette Feres chegou aqui já trintona, em 1965, e nestes cinquenta anos se tornou referência sonora da cidade. Formou grandes talentos na sua Escola de Música de Jundiaí, a EMJ, criada em 1971, feras como Fábio Zanon, entre tantos outros, mas mais importante foi mostrar que brincando também se aprende a tocar um instrumento, uma herança que deixou para a humanidade.

Com o livro “Bebê, Música e Movimento”, à venda por R$ 39,90, Josette ofereceu uma verdadeira cartilha em orientação para a musicalização infantil, motivo de estudos e publicações em diferentes línguas. Faz parte da e da série de livros “Iniciação Musical – brincando, criando e aprendendo”, da Editora Ricordi. Curtia esse sucesso todo e nunca perdeu de vista sua grande missão: a de educar as pessoas em nome de um mundo melhor. Tinha certeza de que a música tinha o poder da transformação. Foi assim até o fim, nesta segunda-feira (9).

Membro da International Society of Music Education, participou de seminários na Hungria e nos EUA.,quando teve oportunidade de expor a metodologia de sua prática pedagógica para educadores de todo o mundo.

Esse seu trabalho com bebês, englobando também crianças com vários tipos de dificuldades especiais, visou o desenvolvimento físico, mental e emocional dos alunos alcançando a musicalização através de jogos, brincadeiras, danças e movimentos.

Aos 85 anos, ela ainda dava aulas de piano antes da pandemia da Covid-19. Dos cinco filhos que teve com Samy, viu duas, Luciana e Claudia, esta a maestrina da Orquestra Municipal de Jundiaí, seguirem naturalmente seus passos – Roberto, Renato e Sônia também tocam, mas não profissionalmente.

Josette se formou pelo Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, do Rio de Janeiro, onde foi aluna de Heitor Villa-Lobos. Formada em Piano pelo Conservatório Musical Carlos Gomes, de Campinas, fez também cursos de regência, harmonia, contraponto, análise e estética.

Foi de Brotas para Piracicaba, depois Santo Anastácio, também interior paulista, e morou ainda em Palmital, onde conheceu Samy, e na Capital  – foi professora da rede oficial de ensino do Estado de São Paulo até sua aposentadoria em 1983.

Um grande orgulho foi ter inaugurado em 2018 uma musicoteca em sua casa, que abria para a consulta de estudantes e na qual figuravam algumas obras raras.

Tem um livro sobre sua carreira e vida escrito pela jornalista Ariadne Gattolini.

O velório e o enterro, às 10h, de Josette será nesta terça (9) no Cemitério Memorial Parque da Paz.

 

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