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Jundiaqui

 Som na caixa nunca mais vai ser tão gostoso sem o Picchi
17 de maio de 2021

Som na caixa nunca mais vai ser tão gostoso sem o Picchi

Ele marcou a história da música jundiaiense mesmo sem nunca subir ao palco

Edu Cerioni

Reinaldo de Almeida Picchi marcou a música jundiaiense mesmo sem nunca ter cantado ou tocado um instrumento. Era como técnico de som que fez fama do tamanho de seu corpo e especialmente de seu sorriso. Não tem banda boa da cidade que tenha deixado de se apresentar sem seus ajustes milimétricos. Seu bordão famoso era o “Nós não podemos errar” e essa perfeição o fazia um profissional diferente.

O amigo e cantor Tom Nando, do Trio em Transe, assegura: “O Pic era um dos melhores técnicos de sonorização ao vivo do Brasil. Pilotava uma mesa de som como poucos e tinha ouvido absolutamente atento, a ponto de corrigir notas vocais, um cuidado de excelência com quem ele trabalhava”.

E foram décadas de sonorização e iluminação dos mais diferentes palcos, para artistas iniciantes ou consagrados como os Três Tenores Brasileiros, por exemplo.

Picchi fez som para dez, quinze mil pessoas ou para pequenos públicos sempre com a mesma pegada, a de não errar.

Trabalhou em muitas Festas Italianas da Colônia e em outras igrejas católicas ou batista. Arca da Aliança, Movimento Mãe Peregrina e muitos encontros foram com sonorização da sua empresa, a Tower Som e Luz.

Iramy Piola, dono da In Som e Luz e trompetista e saxofonista do Trio em Transe e Banda Voluntários, lembra com carinho os trabalhos feitos junto com Picchi.

“Nos conhecemos por volta de 1985, eu iniciando na música e ele o trabalho como técnico de som, foi um encontro que por incrível que pareça nunca mais saiu da minha lembrança. Provavelmente por já me interessar pelo mundo dos botões, naquele dia já rolou uma amizade que duraria toda uma vida”.

Iramy reforça a admiração que Tom Nando tinha por Picchi: “Sempre foi muito admirado pela maneira que operava o som e mixava um PA, fazia sempre com uma extrema competência para timbrar e equilibrar os instrumentos”.

Com o Trio em Transe foram incontáveis shows, no Paineiras Center, Algodão Brasil, Barroco, Ankaras, Clube Jundiaiense…

Ele adorava a MPB, um bom jazz e o rock. Sonhou um dia colocar um bloco de Carnaval na rua.

Se curtia a macarronada da Festa Italiana todos os anos, não dispensava uma boa feijoada, como a do saudoso Mineiro, na Ponte São João.

Se insistia no “nós não podemos errar”, pena que erraram com ele, diz Iramy, lamentando que o amigo de 54 anos não teve chance de se vacinar contra a Covid-19.

Reinaldo de Almeida Picchi deixa a esposa Luciana, além de Felipe e Mari (filhos), Dona  Maria Luiza (mãe) e Luciana (irmã).

Nasceu em 30 de outubro de 1966 e faleceu neste 17 de maio de 2021.

Fotos: Antônio Scarpinetti e Edu Cerioni/JundiAqui

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