Mais Médicos, menos médicos
Pelo Dr. Didi
Diante da polêmica dos últimos dias com o encerramento do “Mais Médicos Cubanos”, ficando escancarado como funcionava, surgem novas estratégias para aplacar o “esquema” de prefeitos que não precisavam contratar médicos para os seus redutos.
“Dr” Gilberto Ochi, ex-Caixa, Ministro da Saúde, determina a toque de caixa a abertura de vagas para “Mais Médicos Não Cubanos”.
Tudo de comum acordo, numa estranha e improvável simbiose Temer-Bolsonaro.
Tudo bem, em nome de uma transição pacífica não muito frequente no Brasil.
Que não faça parte de acordos para livrar o “Temerário” das barras da lei.
Surgem, agora, “Médicos de Segunda Classe” para pacientes de segunda classe.
Os com registro nos Conselhos Regionais-CRM atendem pacientes “X”. Os sem registro atendem pacientes “Y”. É assim?
Quero dizer, serão aceitos médicos brasileiros que atravessaram a fronteira e voltam para atender sem registro legal, formados em linhas de produção sem controle de qualidade.
Por aqui já são 300 faculdades de medicina, a grande maioria, tipo pagou-passou, colocando jovens inseguros na difícil missão de lidar com a vida.
Quando me vi médico há 41 anos, logo senti que não me encontrava preparado. Encarei três fantásticos anos de Residência Médica e ainda hoje sinto a necessidade diária de aprimoramento.
Não adianta colocar o “garoto” com estetoscópio no pescoço sem a presença de um preceptor que saiba transmitir conhecimentos que só a experiência traz. Sem uma retaguarda de enfermagem, hospitalar e laboratorial.
Luiz Henrique Mandetta é um consenso da clase médica. Ouvi dele que no futuro teremos mais médicos que enfermeiros, invertendo a lógica.
Nem foi empossado e já está sendo fritado e possivelmente não vai emplacar.
Se faz necessário uma nova ordem na SAÚDE.
Mais vagas de Residência Médica com a carreira do preceptor.
Fiscalização intensa na formação profissional.
Criação da carreira de médico no serviço público.
Mais médicos MÉDICOS.
Até!