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Jundiaqui

 “Porque nada será como antes, amanhã”
31 de março de 2020

“Porque nada será como antes, amanhã”

Pelo Dr. Didi

Nem as águas de março vieram fechar o verão.

Hoje é 31 de março.

Há exatos 56 anos as ruas também estavam desertas como agora.

Só a movimentação de tropas em pontos estratégicos.

O general Olímpio Mourão Filho descia suas tropas de Juiz de Fora para sitiar o Rio de Janeiro. Nenhum parentesco com o general Mourão atual.

Na realidade, as manobras aconteceram mesmo, em primeiro de abril, mas aquela história de Dia da Mentira né…

Conheci, pessoalmente, alguns personagens dessa história. Escrevo sobre eles depois.

João Goulart, o Jango, e Leonel Brizolla eram o cerne da questão.

Carlos Lacerda, Darcy Ribeiro, Celso Furtado de um lado e Humberto Alencar Castello Branco, Amaury Kruel, Costa e Silva e Magalhães Pinto do outro.

A história é longa e esta muito bem contada nos livros do Elio Gaspari.

Recomendo.

Durou até 1985.

Hojé o confronto é com outro “inimigo”.

Decerto que, mais do que nunca, ordem é preciso.

Hierarquia é preciso.

Não dividir é preciso.

Compaixão é preciso.

Sobreviver é preciso.

Diante da crise viral mortal que se aproxima, ideologia é o que menos precisamos.

Li a lúcida entrevista que o biólogo Àtila Iamarino concedeu para a “BBC Brasil” e o assisti no “Roda Viva” da TV Cultura, na noite sesta segunda (30).

Estamos com medo de todos.

Estão com medo de nós – médicos e profissionais da saúde da linha de frente do coronavírus.

Doí ver a volta dos raivosos “guardas da esquina”.

“Eu já estou com o pé nessa estrada / Qualquer dia a gente se vê / Sei que nada será como antes, amanhã…” (Milton Nascimento)

Até!

Diógenes Augusto Archanjo da Silva, o Dr. Didi, é médico ortopedista

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