Mostra coletiva fica em cartaz até 23 de novembro com uma dezena de artistas

Para comemorar os 45 anos de sua fundação, a Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí (AAPJ) está  fazendo uma mostra coletiva até 23 de novembro no Solar do Barão (Museu Histórico e Cultural de Jundiaí), no Largo da Matriz.

A temporada não é por menos. O autor do primeiro logotipo da entidade, na década de 1970, foi Geraldo Tomanik – também um dos mais lendários diretores do museu.

Desta vez com o tema “Paixão Indelével”, a exposição que abriu na sexta-feira (18) reúne obras de Alex Roch, Andréia Dulianel, Chrismontez de Brito, Gabriel Mendes, Marckos Pamplona, Marco Antonio Scarelli, Mihnea Carnet, Regina Kalman e Vera Palermo. São estilos diferentes entre si, mas convergentes na criatividade e na história das artes visuais na cidade.

A AAPJ foi fundada em uma época de efervescência, em que Jundiaí abrigava os Salões Jundiaienses de Arte, no Parque da Uva, e artistas recusados nela montavam mostras alternativas no Gabinete de Leitura. Todos só ganhavam com isso.

Entre os fundadores, um dos mais cultuados é o saudoso Issis Martins Roda. As reuniões ocorriam em casas como o artista Antonio Thyrso Pereira de Souza que havia vindo de São Bernardo do Campo, junto com a esposa Tomica Ishicava, na Rua Senador Fonseca (casa hoje demolida). O primeiro trabalho nacional foi o I Salão de Artes Plásticas da AAPJ realizado no mesmo Museu Histórico e Cultural de Jundiaí. Outro ponto de reuniões foi a casa de jornalistas como Carlos Motta ou Celso de Paula.

Foram muitos desafios enfrentados, contou João Carlos Martinelli, alguns impostos por elitistas da época que não aceitavam um grupo participativo e democrático, do qual não pudessem manipular.

A missão foi cumprida, com centenas ou milhares de alunos que passaram por suas aulas e atividades. Nos anos 70 e 80 e 90, a AAPJ, realizava, uma vez por ano, a gincana de arte. Todas as escolas de Jundiaí participavam com um aluno representante. No dia da gincana era apresentado um tema e os alunos tinham o dia todo para executarem seus trabalhos, com os materiais que a AAPJ oferecia. Era servido lanches, doces e refrigerante e os melhores trabalhos eram premiados. Estes momentos eram muito bons e divertidos, como destaca Marco Antonio Scarelli.

Não perca. O Solar fica no Largo da Matriz, no Centro Histórico.

Fotos: Alex Roch e Regina Kalman20