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Jundiaqui

 Refogado é sucesso em exposição de fotos de seus 25 anos no Maxi
24 de janeiro de 2019

Refogado é sucesso em exposição de fotos de seus 25 anos no Maxi

Imagens levam clientes do shopping para dentro dos desfiles de Carnaval; festa de abertura foi recheada de rainhas

José Arnaldo de Oliveira

Os 25 anos do bloco carnavalesco Refogado do Sandi estão “desfilando” nos painéis que usam 685 fotografias de milhares de foliões em uma homenagem a esse que é um dos patrimônios culturais imateriais de Jundiaí. A iniciativa, do portal JundiAqui, está em cartaz até o dia 22 de fevereiro na praça das Bandeiras, do Maxi Shopping. E mira, posteriormente, uma renda beneficente ao trabalho do Centro de Atendimento à Síndrome de Down Bem-Te-Vi.O que se chama de cultura nesse caso fica evidente nas imagens – um bloco que recebe a todos sem obrigatoriedade de fantasias, mas que ganha um colorido especial pela espontaneidade dos fantasiados e pela alegria das pessoas e famílias inteiras que participam.

“É sem dúvida um teatro ao ar livre, lembrando a referência aos ditirambos gregos”, pontifica o diretor teatral Carlos Pasqualini, que já ocupou o posto de príncipe em um dos desfiles.A imaginação é extensa e em alguns casos desafia a adivinhação de quem está em cada fantasia. Na “corte” de 2019, entretanto, uma novidade é a ausência de postos masculinos: haverá apenas rainha, princesas e até mesmo guardiã no lugar tradicional do guardião. “É uma mensagem direta sobre a importância do respeito às mulheres”, explica a ‘deretora’ Gisela Vieira, que foi acompanhada da mãe, dona Carminha, na abertura da exposição.

Para quem conhece pouco o bloco, a exposição permite sentir o bom astral que explica sua longevidade. Mas para seus participantes mais veteranos a sensação é como, antes da internet, procurar sua foto dos bailes nas paredes de locais como Foto Luiz ou Foto Gelli, achando antes os amigos. A diferença é que agora se pode compartilhar a dica pelo celular.

“Me buscando, me perdi. Ao me perder, me reencontrei”, sintetiza este escriba.

Esse Jubileu de Prata do bloco, um marco respeitável para qualquer instituição, vai ser também marcado pelo lançamento de um livro no dia 1º de fevereiro, no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, para onde a exposição também segue depois da temporada no Maxi Shopping. Ambas as iniciativas envolvem o jornalista Edu Cerioni, editor do JundiAqui e também letrista de alguns sambas do Refogado.

Para Sílvia Orenga Sandoval, diretora de marketing do Maxi Shopping, o apoio para a iniciativa aproxima duas tradições da cidade. “Aos 25 anos, o Refogado é apenas um pouco mais jovem que o próximo Maxi, que agora em 2019 completa com grande festa seus 30 anos de atividades”, comenta. Quem também prestigiou a abertura da mostra foi André Latorre Noronha, diretor do Maxi, feliz em ser um dos parceiros dessa bela iniciativa.A respeitada sambista Ana Preta de Souza comemora o encontro de uma foto de seu irmão Sabiá, ex-presidente do Clube 28 de Setembro, ao lado do fundador do bloco, Erazê Martinho. A graça na exposição é essa: muitos se veem ou encontram conhecidos ali.

Se olhar as 685 fotos organizadas em diversos tamanhos nos painéis parece um filme, sua seleção entre mais de 8 mil imagens (na maioria das coleções do próprio Cerioni, de José “Pardal” Thomazzoni de Oliveira e outras) esteve mais para um bom seriado.“Conheço pessoas de metade dessas imagens”, apostava Márcia Seixas Mota. Também era esse um dos motivos para o administrador Luiz Alberto Carlos se emocionar com a iniciativa. Para ele, que calcula ter estado em 22 dos 25 anos desse tradicional bloco, “a chegada do Refogado sempre foi algo que muda tudo, inclusive o estado de espírito, por essa alegria do reencontro”.

Uma avaliação parecida com Ignezinha do Pandeiro, octagenária moradora do Centro que já representou Jundiaí em programas de tevê e é entusiasta da amizade e da alegria. Ela aparece em mais de um desfile nos painéis.A atual rainha do bloco, a jornalista Liliane Rossi, era simpatia para todos os lados na abertura da noite da terça-feira (22), a exemplo das princesas, a poetisa Regiane Rossini e a gestora de recursos humanos Márcia Pires assim como a guardiã 2019, a jornalista Claudia Muller.

A festa teve brindes do espumante Frizèe, da CRS Brands, inclusive com a presença da conselheira da empresa Cida Húngaro. E reuniu ainda diversas rainhas, princesas e príncipes anteriores. Casos de Luly Alves, Cristina e Silvério Falasco, Ana Regina Borges e Roberto, Fátima Borges, Maria Helena de Soutello, Alysson Juliati e a eterna porta-estandarte Rita Rodrigues, que fez a revisão histórica do livro “Infinita é Tua Beleza”, que vem recheado de histórias e imagens dos 25 anos de Refogado.O maior mérito do bloco Refogado do Sandi, opina a jornalista Bel Bueno, foi crescer de 40 foliões em 1994 para 40.000 participantes ao longo de 25 anos sem perder seu espírito essencial. “Continua sendo basicamente o mesmo”. Um dos motivos é que a tradição acaba passando de pais para filhos.

Gabriela, 24, e Isadora, 19, já participam há oito anos do interesse dos pais Edu e Alexia Moura. A mãe inclusive foi rainha do bloco em 2018. “É muito legal”, explicam sobre o convívio intergeracional em torno do Refogado. Edu Moura é um dos patrocinadores da exposição com a sua Jund Rol Rolamentos.Na abertura da exposição passaram pelo local muito mais gente ligada ao bloco, como Dori e Solange Natura, Paulinho Silva, Ulisses Vertuan, Maria do Carmo, o ex-prefeito Pedro, a esposa Margarete e a filha Patrícia Bigardi, Marli Falasco, Márcio Martelli, Márcia Nunes, Iliana Mendonça, Neto Oliveira, Rosana Pagano e Márcio Galafassi, Carol Frutos, Luiz Haroldo Gomes de Soutello, Kelly Galbieri e o delegado e vereador Paulo Sérgio Martins, Mauro e Leila Lopes, Patrícia de Lucca, Mariana Perri, Márcio Souza, Ronaldo e Sandrinha Pereira, Cássio Ferreira e muitos mais, além de Blandluna Scisso, que é a rainha de 2019 do bloco Ponte Torta.

Até o Edu Cerioni mudou de lado da lente e formou uma fotografia com a esposa Rita, a filha Maria Fernanda e a irmã Anita, em click de Henrique Ramalho. Henrique cobriu toda a festa e também tem fotografias na exposição e no livro a ser lançado. Outros fotógrafos são Dago Nogueira, João Ballas e Tule Celante.Mas quem visitar a exposição, mesmo sem a presença direta dessas e outras pessoas, vai sentir a emoção autêntica registrada em fotos produzidas no calor humano de um bloco que é uma das riquezas culturais da cidade.

A exposição tem o patrocínio de Maxi Shopping, Uniodonto Jundiaí, Foto Visão, Jund Rol Rolamentos, Rosana Joias e apoio de Rillo Art Molduras e CRS Brands. Permanece no local por um mês. Depois, segue para o Gabinete de Leitura – centenária entidade que abriga o ponto de partida para o bloco abrir o Carnaval, na sexta-feira inicial dos festejos – onde vai ocorrer o leilão beneficente dos painéis na Quarta-Feira de Cinzas (leia mais). A decoração carnavalesca tem a assinatura de Marici Nicoli.

Veja mais fotos da abertura feitas por Henrique Ramalho:  

A visitação é gratuita. O Maxi fica na Avenida Antonio Frederico Ozanan, 6.000, Vila Rio Branco.

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