Militância contra charlatanismo dá “Prêmio Jabuti” ao jundiaiense Carlos Orsi
Ele ganhou na categoria Ciência ao lado da microbiologista Natalia Pasternak
A posição firme em defesa da ciência e contra o charlatanismo durante a pandemia do novo coronavírus consagrou a dupla Carlos Orsi Marinho e Natalia Pasternak. Eles são ganhadores do “Prêmio Jabuti”, o Oscar da literatura brasileira, na categoria Ciência com o livro “Ciência no cotidiano: viva a razão. Abaixo a ignorância!”. É da Editora Contexto.
“Ciência no cotidiano: viva a razão. Abaixo a ignorância!” mostra que o cidadão que ignora fatos científicos básicos pode se tornar presa fácil de curandeiros e charlatões, gente que mente para os outros e, não raro, para si mesma.
O jundiaiense de 51 anos é editor-chefe da revista “Questão de Ciência”. Jornalista formado pela ECA-USP e autor de “Livro dos Milagres”, “Pura Picaretagem” e “Livro da Astrologia”. Foi repórter especial e colunista do “Jornal da Unicamp”, onde manteve a coluna “Telescópio”, e da revista “Galileu”, onde manteve a coluna “Olhar Cético”, tratando de pseudociências e da análise de temas polêmicos sob uma ótica científica. Ele iniciou sua carreira nos anos 90 em Jundiaí.
Natália é microbiologista com um PhD em genética bacteriana e pesquisadora associada da Universidade de São Paulo (USP), além de fundadora e atual presidente do Instituto Questão de Ciência. Ela ganhou muita evidência nos últimos dois anos por sempre estar orientando o brasileiro sobre o combate à Covid-19 nos canais de TV.
GRANDE PRÊMIO – “Sagatrissuinorana”, uma releitura mineira da fábula dos “Três Porquinhos”, aliando homenagem ao escritor Guimarães Rosa (1908-1967) e uma metáfora do rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho, foi escolhido como “O Livro do Ano no 63º Prêmio Jabuti”, entregue na noite desta quinta-feira (25), pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). O escritor Ignácio de Loyola Brandão foi o homenageado da noite.