sem tempo a perder
Por José Renato Forner
existe uma história contada pelos vincos da pele.
pelo olho mais caído ou mais aberto.
uma quase esperança ou falta dela reveleda.
existe uma serenidade exposta em boca meio aberta.
ou a tensão e o desespero em dentes cerrados e lábios contraídos.
existe o desleixo de alma acusada em olhos vazios.
e também o transbordamento de vida em olhos que pulsam.
o rosto é mapa. é reflexo. beleza é semblante.
não esmorecer é ser modelo em passarela de descontentes.
como diria o poeta juvenil: “sempre em frente. não temos tempo a perder.”