LOADING...

Jundiaqui

 Japi de cenário: Pedro Amora registra cometa que passa a cada 6 mil anos
31 de julho de 2020

Japi de cenário: Pedro Amora registra cometa que passa a cada 6 mil anos

Para o fotógrafo jundiaiense essa imagem acima tem algo que lembra a obra de Inos Corradin

Edu Cerioni

E aí, você viu o Cometa Neowise? Difícil quem viu e, mais ainda, quem o fotografou. E este é o caso de Pedro Amora, fotógrafo de Jundiaí que foca a natureza em seu trabalho artístico, que vem sendo aperfeiçoado desde 1998.

A foto acima deve ser o único registro em Jundiaí deste acontecimento astronômico que se dá só a cada 6.000 anos (isso mesmo, seis mil).

Com a Serra do Japi servindo de moldura inferior, a foto flagra não só a passagem do Neowise como também seu cortejo de meteoros.

O registro foi feito entre o final da tarde e começo da noite do último sábado e a escolha foi proposital por Amora. Era o 25 de julho, um dia místico na Cultura Maia, civilização pré-colombiana que habitou a região da América Central e cujo calendário anual contava 13 ciclos lunares de 28 dias, totalizando 364 dias, sendo que além desses existia o “Dia Fora do Tempo”.  “Para os Maias, nesse dia acontece a maior conexão possível com o universo”, diz.

O fotógrafo lembra que vinha estudando a localização do cometa e o melhor lugar para poder registrar sua passagem, desafiadora porque ele é praticamente invisível a olho nu. Seguiu um aplicativo do celular que mandava apontar sua câmera a noroeste no pôr do sol, o que fez. “Foi uma correria, tanto que tenho 5 lanternas e não levei nenhuma comigo. Tive que correr de cachorros, pular cerca para cumprir o desafio no meio de um pasto”.

Pedro Amora só ficou sabendo da façanha três dias depois do click. Sabia que tinha captado estrelas, mas o cometa não. Foi quando conferiu os arquivos e lá estava o Cometa Neowise em uma composição histórica. “Tem a casinha, o volume das montanhas, o céu estrelado… quando vi, logo me veio à cabeça os trabalhos lúdicos do Inos Coradin”, conta.

A foto foi feita com uma câmera de trabalho de Amora, que lembra ser o tripé seu maior aliado. “Calculei o tempo e fui fazendo apostas com base na chamada Lei dos 500”, ensina. Trata-se de uma forma de calcular o tempo na astrofotografia.

Amante da natureza, Pedro Amora coleciona imagens fantásticas pelo mundo.

Prev Post

Escolas de artes e idiomas…

Next Post

2021: em fevereiro não tem…

post-bars

Leave a Comment